
Os Estados Unidos aumentaram a recompensa para até US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 150 milhões) por informações que levem à prisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O anúncio foi feito logo após a posse, que ocorre em um contexto de crescente tensão política no país.
Recompensas e sanções
O Departamento de Estado dos EUA detalhou que a recompensa para a captura de Maduro faz parte de um pacote de recompensas que inclui também US$ 25 milhões por informações sobre Diosdado Cabello, número dois do regime venezuelano, e US$ 15 milhões por informações sobre Vladimir Padrino López, ministro da Defesa. Juntas, as podem chegar a US$ 65 milhões.
Além disso, novas sanções econômicas foram impostas pelo Tesouro dos EUA contra oito aliados de Maduro, incluindo Hector Obregón Pérez, presidente da Petróleos de Venezuela (PdVSA), e Ramón Velásquez Araguayán, presidente da Conviasa e ministro dos Transportes. Ambos são acusados de violar os direitos humanos e reprimir opositores do regime.
Declarações do Departamento de Estado
Em comunicado oficial, o Departamento de Estado americano afirmou que a posse de Maduro nesta sexta-feira foi "ilegítima" e uma tentativa de "se manter no poder". O governo dos EUA reiterou que Maduro perdeu a eleição presidencial de 2024 e não possui legitimidade para reivindicar a presidência. “O povo venezuelano e o mundo sabem a verdade – Maduro claramente perdeu a eleição presidencial de 2024 e não tem o direito de reivindicar a presidência”, disse o Departamento de Estado.
Ação do Tesouro dos EUA
Bradley T. Smith, subsecretário interino do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, explicou que a PdVSA tem sido central na geração de receitas ilícitas que sustentam o regime de Maduro. “Obregón Pérez é fundamental nessa operação”, afirmou Smith, referindo-se ao presidente da estatal petrolífera.
Smith também destacou que as ações repressivas de Maduro desde a eleição de 2024 têm sido acompanhadas de perto pelos EUA, que, junto a seus parceiros internacionais, apoiam o desejo do povo venezuelano por uma nova liderança. “Os EUA, junto com parceiros, solidarizam-se com o voto do povo venezuelano por uma nova liderança e rejeitam a reivindicação de vitória fraudulenta de Maduro”, afirmou.
Proteção aos venezuelanos
Além das sanções e recompensas, os Estados Unidos anunciaram que prorrogarão o status de proteção temporária para milhares de venezuelanos por 18 meses. Contudo, não haverá alterações nas licenças de empresas estrangeiras, como a Chevron, para continuar a extração de petróleo na Venezuela.