O secretário de Estado americano, Antony Blinken, e outras autoridades dos Estados Unidos disseram que a China está considerando entregar artilharia e drones, fornecendo "apoio letal" à Rússia, apesar do comunicado de Pequim pedindo por negociações de paz para encerrar o conflito.
Os oficiais, no entanto, não especificaram quais sistemas podem ser enviados e relatam que nenhuma entrega de armas aconteceu até o momento. O governo Biden está considerando retirar o sigilo de algumas das informações que os levaram a essas conclusões, para que possam compartilhar com governos aliados e o público, disseram as autoridades.
Caso a China siga enfrente e entregue armamento letal para a Rússia, os resultados poderiam moldar a tensão entre o gigante asiático e o ocidente por anos, além de causar consequências profundas no cenário de guerra na Ucrânia enquanto ambos os lados se preparam para uma ofensiva.
Contudo, analistas apontam que o comunicado de Pequim pedindo por negociações de paz, divulgado ontem, coloca um novo precedente sobre o conflito, posicionando a própria China como intermediadora e demandando participação internacional para além de países ocidentais.
Alguns governos europeus valorizariam a adesão chinesa a qualquer eventual acordo de paz, presumindo que isso aumentaria a probabilidade da Rússia concordar. "É certamente uma quebra de precedente ver a China pesando tão formalmente em uma questão de segurança europeia", observa Bates Gill, que dirige o Centro de Análise da China do Asia Society Policy Institute, em Nova York.