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EUA isentam eletrônicos de tarifas e aliviam Apple, Nvidia e Microsoft

Medida representa trégua parcial na política tarifária contra a China

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A decisão do governo dos Estados Unidos de isentar eletrônicos de consumo das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump foi recebida como um avanço significativo para grandes empresas do setor de tecnologia, como Apple, Nvidia e Microsoft. A medida é interpretada como um primeiro sinal de flexibilização na política tarifária do governo norte-americano em relação à China.

A exclusão de smartphones e outros eletrônicos da lista de produtos tarifados oferece um alívio expressivo às companhias, especialmente em um cenário de instabilidade nos mercados globais gerada pela guerra comercial iniciada pela Casa Branca. Apesar de setores como o de semicondutores e produtos farmacêuticos já terem sido anteriormente isentados de tarifas recíprocas, o presidente Trump indicou que ainda considera a possibilidade de aplicar sobretaxas a essas áreas.

De acordo com o jornal Financial Times, um funcionário da Casa Branca afirmou que os Estados Unidos devem lançar uma investigação separada, com potencial de resultar em novas tarifas sobre chips "em breve".

A dispensa de tarifas sobre smartphones e computadores tende a beneficiar particularmente a Apple, cuja cadeia de suprimentos permanece fortemente concentrada na China. Analistas estimam que cerca de 80% dos iPhones da empresa ainda são fabricados no país asiático, mesmo após iniciativas para diversificar a produção para a Índia.

As ações da Apple estiveram entre as mais impactadas em Wall Street logo após o anúncio das tarifas recíprocas por parte do governo dos EUA, com aproximadamente US$ 700 bilhões sendo subtraídos do valor de mercado da companhia em poucos dias.

No início desta semana, o presidente Trump declarou que poderia considerar a exclusão de empresas norte-americanas das tarifas, ressaltando, contudo, que tais decisões seriam tomadas "instintivamente".

A Casa Branca confirmou que as novas isenções não se aplicam à tarifa de 20% imposta a todas as importações chinesas como resposta ao envolvimento da China na fabricação de fentanil.

Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, empresas como Apple, TSMC e Nvidia estão "se apressando para trazer sua fabricação para os Estados Unidos o mais rápido possível" sob "direção do presidente".

"O Presidente Trump deixou claro que a América não pode depender da China para fabricar tecnologias críticas, como semicondutores, chips, smartphones e laptops", declarou Leavitt.

A Apple optou por não comentar as declarações.

Especialistas econômicos alertaram que a abrangência das tarifas aplicadas pelo governo norte-americano — que atingem uma grande variedade de bens de consumo — pode elevar os índices de inflação nos Estados Unidos e afetar negativamente o crescimento econômico.

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