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EUA prenderam 538 imigrantes desde posse de Trump

ONU critica políticas imigratórias do novo governo em novo episódio de deportações

Imagem ilustrativa da imagem EUA prenderam 538 imigrantes desde posse de Trump

A Casa Branca anunciou que, desde a posse de Donald Trump, 538 imigrantes em situação irregular foram detidos. O governo, por meio do seu perfil na rede social X, destacou que os detidos eram criminosos e que centenas deles foram deportados em aviões militares.

Não há clareza, no entanto, se todos os detidos já haviam sido condenados por crimes ou se havia pessoas acusadas entre os presos. O governo mencionou, entre os nomes citados, homens condenados por diversos tipos de crimes sexuais, incluindo um dominicano sentenciado por abuso sexual de menor e um equatoriano condenado por estupro.

A questão da imigração sempre foi uma das bandeiras principais da campanha de Trump. Logo nos primeiros dias de seu governo, ele implementou várias medidas voltadas para o endurecimento da política imigratória. Uma dessas ações foi a suspensão da concessão automática de cidadania a filhos de imigrantes em situação irregular ou temporária nascidos nos Estados Unidos. Outra medida importante foi a declaração de "emergência nacional" na fronteira com o México.

Ambas as iniciativas contrariam, em princípio, a legislação americana. A primeira medida seria incompatível com a 14ª Emenda, que garante que "todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos" são cidadãs do país. A segunda ação, por sua vez, impede a entrada de refugiados, o que contraria o Código Federal, o qual estabelece que qualquer estrangeiro que chegue ao território americano tem o direito de solicitar asilo, independentemente de seu status migratório.

A ONU criticou a suspensão da entrada de refugiados nos Estados Unidos, lembrando que o direito ao asilo é "universalmente reconhecido". "Todos os Estados têm o direito de exercer sua jurisdição em suas fronteiras internacionais, [mas] devem fazê-lo em conformidade com suas obrigações", afirmou a porta-voz da agência de direitos humanos da ONU, Ravina Shamdasani, em Genebra.

As ações do presidente têm sido desafiadas na Justiça, com um processo movido pela União Americana pelas Liberdades Civis, que argumenta que tais medidas violam a legislação federal.

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