O ex-primeiro-ministro da Holanda, Dries Van Agt, de 93 anos, e sua esposa, Eugenie van Agt-Krekelberg, também com 93, morreram de mãos dadas nesta segunda-feira, 5, após optarem por uma eutanásia.
O diretor do The Rights Forum, uma entidade pro-Palestina criada por Dries, Gerard Jonkman, afirmou à uma emissora que os dois estavam doentes e decidiram morrer juntos em um hospital de Nijmegen, no leste holandês.
O ex-premiê ainda não havia se recuperado totalmente de uma hemorragia cerebral que teve em 2019. Dries governou a Holanda de 1977 a 1982.
"Ele continuou a lidar com a questão da Palestina, mas estava frustrado porque a sua criatividade, concentração e capacidade de proferir discursos apaixonados tinham sido afetadas. Gradualmente, ele se retirou da vista do público, plenamente consciente de que havia entrado na fase final de sua vida", disse a entidade.
A eutanásia foi permitida na Holanda em 2002, e permite que parceiros tomem a decisão de morrerem juntos. Desde 2022, o país já realizou 116 eutanásias duplas.
No país, o procedimento só pode ser aplicado em pessoas que estejam em situação de sofrimento, sem expectativas e com interesse em morrer.