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Os ataques aéreos israelenses em Gaza resultaram em significativas baixas civis e destruição generalizada. Ataques recentes na Cidade de Gaza e em Rafah mataram dezenas de palestinos, incluindo mulheres e crianças, e feriram muitos mais. Em um incidente, ataques a duas escolas e uma casa no campo de refugiados de Shati tiraram pelo menos 24 vidas, incluindo parentes do líder do Hamas, Ismail Haniyeh. Os ataques têm visado áreas designadas para pessoas deslocadas, agravando a crise humanitária. O sistema de saúde de Gaza está sob severa pressão, com instalações médicas forçadas a fechar devido aos bombardeios, deixando pacientes e funcionários em necessidade crítica. O conflito em curso levou a um deslocamento massivo, com mais de um milhão de residentes fugindo apenas de Rafah, e tem atraído condenação internacional e apelos por um cessar-fogo.
A entrega de ajuda humanitária a Gaza enfrenta desafios significativos devido ao conflito contínuo e danos à infraestrutura. Cruzamentos importantes como Kerem Shalom e Rafah foram fechados ou severamente restritos, limitando o fluxo de suprimentos essenciais. A ONU alerta que quase metade dos 2,3 milhões de residentes de Gaza enfrentará fome até meados de julho, com a fome iminente no norte. Trabalhadores humanitários lutam para alcançar os necessitados em meio a preocupações de segurança, estradas danificadas e escassez de combustível e bens básicos. Embora métodos alternativos como lançamentos aéreos e entregas marítimas tenham sido tentados, eles não podem substituir completamente a distribuição de ajuda por terra. A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino alcançou mais de 1,5 milhão de pessoas, mas a escala da necessidade supera em muito os esforços de ajuda atuais. Ação urgente é necessária para restaurar o acesso humanitário irrestrito em toda Gaza para evitar níveis catastróficos de fome e sofrimento.
O acordo de cessar-fogo proposto entre Israel e Hamas consiste em três estágios interconectados, cada um durando 42 dias. O primeiro estágio envolve uma cessação temporária das operações militares, com forças israelenses se retirando de áreas densamente povoadas em Gaza. Esta fase inclui a libertação de alguns reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos, o retorno de pessoas deslocadas e aumento da ajuda humanitária. O segundo estágio visa estabelecer uma calma sustentável, com a libertação dos reféns israelenses masculinos restantes e mais trocas de prisioneiros. O estágio final foca na troca de restos mortais dos falecidos, iniciando um plano abrangente de reconstrução para Gaza ao longo de 3-5 anos, e encerrando o cerco à Faixa de Gaza. Embora o Hamas tenha supostamente aceitado esta proposta, a resposta de Israel permanece incerta, com negociações em andamento e debates políticos em torno dos termos.
