Home / Internacional

INTERNACIONAL

Israel intensifica ataques na Cisjordânia e deixa 18 mortos

Conflito entre Israel e Palestina segue sem previsão de trégua

Imagem ilustrativa da imagem Israel intensifica ataques na Cisjordânia e deixa 18 mortos

Em meio à escalada da violência na Cisjordânia, Israel realizou novos ataques na região, resultando na morte de, ao menos, 18 palestinos, entre eles um adolescente de 16 anos. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Saúde palestino na noite de sábado (1º).

Os bombardeios ocorreram em Jenin, onde as forças israelenses iniciaram uma operação militar no dia 21 de janeiro, dois dias após a entrada em vigor do cessar-fogo na Faixa de Gaza, território também ocupado por Israel e afetado por um conflito que já dura 15 meses.

Desde o início da ofensiva, autoridades palestinas relatam que, além dos 18 mortos, seis integrantes de grupos armados e uma criança de dois anos perderam a vida na região. O governo israelense, por sua vez, afirma ter matado 18 combatentes e detido 60 suspeitos, além de desativar mais de cem artefatos explosivos.

A violência na Cisjordânia já havia se intensificado antes mesmo da atual operação militar. Segundo o Ministério da Saúde palestino, ao menos 881 palestinos, incluindo combatentes, morreram no território desde 7 de outubro de 2023, data do início da guerra. Do lado israelense, 30 pessoas perderam a vida, entre elas soldados, conforme números oficiais de Tel Aviv.

Questionado sobre a morte do adolescente, o Exército israelense declarou que a força aérea atingiu "terroristas armados". Mais tarde, autoridades palestinas relataram a morte de mais quatro pessoas, enquanto Israel afirmou ter atacado um veículo em Jenin que transportava "terroristas".

A operação militar na região, denominada "Muro de Ferro" por Israel, visa desmantelar grupos armados palestinos, segundo o governo israelense. Durante os ataques, parte da população local teve o fornecimento de água interrompido, e dezenas de residências foram demolidas, forçando milhares de pessoas a deixarem suas casas. De acordo com autoridades palestinas, cerca de 80% dos moradores do campo de refugiados da cidade foram deslocados.

Além disso, as saídas do campo de refugiados de Faraa, localizado a sudeste de Jenin, foram bloqueadas pelo Exército israelense, que também realiza buscas em residências da região. Um jornalista da agência de notícias AFP relatou a presença de drones sobrevoando a área.

Israel tem reiterado que o Irã, um de seus principais adversários na região, estaria enviando armas a combatentes palestinos na Cisjordânia, embora não tenha apresentado recentemente provas que sustentem a acusação.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou na última quarta-feira (29) que as operações continuarão até que os objetivos militares sejam alcançados, sem especificar um prazo para sua conclusão.

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias