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Jato ligado ao Grupo Wagner voa da Rússia para Belarus, gerando preocupações

Rastreador de voo aponta pouso de aeronave do Grupo Wagner em Minsk; Prigozhin permanecerá no país como parte de acordo.

Chefe do grupo de mercernários Wagner, o russo Yevgeny Prigozhin. Chefe do grupo de mercernários Wagner, o russo Yevgeny Prigozhin.

Um jato executivo, identificado como um Embraer Legacy 600, ligado ao chefe dos mercenários russos, Yevgeny Prigozhin, pousou em Minsk, capital de Belarus, nesta terça-feira (27). O voo ocorreu após um motim que abalou a autoridade do presidente Vladimir Putin, representando um dos maiores desafios ao seu governo em mais de duas décadas.

O rastreamento de voo do Flightradar24 mostrou que uma aeronave apareceu na região de Rostov às 2h32 e pousou em Minsk por volta das 4h20 (horários locais). Os códigos de identificação da aeronave estão vinculados à Autolex Transport, empresa associada a Prigozhin pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos Estados Unidos.

De acordo com um acordo intermediado pelo líder bielorrusso Alexander Lukashenko no último sábado, como forma de encerrar o motim dos combatentes mercenários do Grupo Wagner, Prigozhin deve se estabelecer na Bielorrússia. O discurso de Putin na noite de segunda-feira destacou a traição por parte dos líderes do "motim armado" e agradeceu ao exército, à polícia e aos serviços especiais por resistirem aos amotinados.

Prigozhin afirmou que sua "marcha pela justiça" tinha como objetivo confrontar os altos escalões militares de Putin, que ele acusou de traição e corrupção. Essa situação gerou instabilidade na Rússia, ameaçando Putin como líder inquestionável.

Putin prometeu não esmagar o motim e punir os responsáveis, mas logo depois o motim terminou quando o Kremlin anunciou que as queixas criminais contra os amotinados seriam retiradas na troca de seu retorno aos campos, com Prigozhin se mudando para Belarus. Em seu discurso, Putin reiterou sua promessa de permitir que os combatentes de Wagner se dirijam a Belarus.

Prigozhin afirmou que o motim não tinha como objetivo derrubar o governo russo, mas protestar contra a condução ineficaz da guerra na Ucrânia. O Serviço Federal de Segurança abandonou os criminosos por motim armado contra Prigozhin, enquanto o Ministério da Defesa informou que o Grupo Wagner estava se preparando para entregar seu equipamento militar pesado ao exército.

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