Internacional

Legado de Francisco e a Igreja do Futuro

Redação DM

Publicado em 21 de abril de 2025 às 16:05 | Atualizado há 1 hora

A morte do papa Francisco não apenas marca o fim de uma era, mas também deixa um legado indelével sobre a importância da ecologia e da defesa dos mais pobres, segundo o cardeal Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília. Francisco, que se destacou por uma abordagem inclusiva e humanitária, usou seu pontificado para abordar questões urgentes como a crise ambiental e a desigualdade social.

Legado Ecológico

O arcebispo destacou a encíclica Laudato Si, que aborda a crise ecológica e chama à responsabilidade coletiva pela preservação do planeta. “Francisco nos lembrou que a industrialização não deve comprometer nossa casa comum. Ele nos incentivou a ter uma visão contemplativa da realidade, reconhecendo que tudo é um dom”, afirmou Dom Paulo.

O nome escolhido pelo papa, em homenagem a São Francisco de Assis, reflete essa conexão com a natureza. O cardeal ressaltou que o papa sempre se viu como um defensor dos animais e do meio ambiente, promovendo uma mensagem de que todos somos irmãos e irmãs na luta pela sustentabilidade.

Uma Igreja Inclusiva

Além de seu compromisso com a ecologia, Francisco foi um defensor da inclusão social. Ele incentivou uma Igreja que se dirige às periferias, não apenas geográficas, mas também existenciais. Dom Paulo lembrou que o papa sempre se manifestou contra a migração forçada, utilizando o Mar Mediterrâneo como exemplo de um espaço que não deveria ser um “cemitério de pessoas”.

“Ele acreditava que o diálogo é fundamental para resolver conflitos. Uma Igreja que acolhe é uma Igreja que cumpre sua missão”, disse o arcebispo, refletindo sobre o papel da Igreja no mundo contemporâneo e sua responsabilidade em abordar questões sociais prementes.

Com a morte do papa, o arcebispo Paulo Cezar também enfatizou a urgência de se continuar a luta contra os abusos dentro da Igreja, um aspecto que Francisco tratou com rigor, estabelecendo políticas de tolerância zero em relação à pedofilia. “Esse legado de justiça e acolhimento precisa ser levado adiante”, completou.

O arcebispo está agora se preparando para o conclave que escolherá o próximo papa, ressaltando que a busca por um novo líder deve ser guiada por um senso profundo de fé e responsabilidade. “Estamos aqui para discernir quem pode continuar essa obra de amor e acolhimento que o papa Francisco começou”, concluiu Dom Paulo.


Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

Impresso do dia

últimas
notícias