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Onda de calor mortal atinge México e EUA, deixando mais de 100 vítimas

Temperaturas extremas e mudanças climáticas desencadeiam emergência de saúde pública

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O México enfrenta uma onda de calor extremo, que já resultou na morte de mais de 100 pessoas nas regiões do norte do país, de acordo com informações divulgadas pelo governo nesta quinta-feira, 29. Durante esse período, mais de mil emergências relacionadas às altas temperaturas foram reportadas, sendo que 104 delas resultaram em óbitos, conforme relatório da secretaria de Saúde publicado na quarta-feira, 28.

Além disso, desde o início da temporada quente em 19 de março, foram registrados 1.559 casos, dos quais 112 resultaram em mortes, incluindo oito óbitos entre 14 de abril e 31 de maio.

Segundo a Secretaria de Saúde, a temperatura máxima registrada durante essa semana foi de 49º Celsius em Aconchi, Sonora. No México, as temperaturas máximas durante o verão geralmente variam entre 30 e 45 °C, conforme apontado pelo relatório. A insolação foi a principal causa de morte, seguida pela desidratação.

As autoridades já haviam relatado oito mortes entre 14 de abril e 31 de maio, totalizando 112 óbitos até o momento. Esses eventos extremos de calor são recorrentes no México, sendo que sua duração é atualmente atribuída por especialistas a fatores como a mudança climática. A última onda de calor afetou inclusive a Cidade do México, com temperaturas de até 33 °C, que gradualmente diminuíram desde o último fim de semana.

Além das perdas humanas, o calor intenso teve múltiplos efeitos no país. Por exemplo, as vendas de comida de rua, um dos motores econômicos da metrópole, foram afetadas. Em Monterrey, capital de Nuevo León, as temperaturas máximas oscilam entre 40 e 45 °C, levando à redução do fornecimento de água devido ao aumento da demanda por eletricidade devido ao uso de aparelhos de ar-condicionado.

A pressão da água nas residências também diminuiu, resultando em medidas como o cancelamento das aulas presenciais para 1 milhão de alunos da educação primária e secundária no estado de Nuevo León.

Além disso, o México enfrenta o fenômeno do El Niño, que agravou a situação. Esse fenômeno, que ocorre a cada dois a sete anos, é caracterizado pelo aquecimento da superfície do oceano Pacífico oriental equatorial, levando ao afundamento dos peixes em maior profundidade e à falta de alimento para as aves. Centenas de aves morreram na costa do Pacífico mexicano devido à escassez de alimento causada pelo El Niño.


		Onda de calor mortal atinge México e EUA, deixando mais de 100 vítimas
Fonte: Reprodução

Enquanto isso, nos Estados Unidos, pelo menos 13 pessoas morreram nas últimas semanas devido à onda de calor. A qualidade do ar também foi afetada pelos incêndios florestais no Canadá, atribuídos a mudanças climáticas por especialistas. No Texas, na fronteira com o México, 11 das 13 vítimas eram da região sul do estado. O calor intenso também causou problemas, como rachaduras no asfalto de algumas ruas de Houston.

Tanto o México quanto os Estados Unidos estão lidando com as consequências graves desses eventos climáticos extremos, que destacam a necessidade de medidas para combater as mudanças climáticas e proteger a saúde e a segurança da população.

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