Os Emirados Árabes Unidos e a Rússia pediram em conjunto nesta terça-feira, dia 17, uma nova reunião emergencial do Conselho de Segurança das Nações Unidas, após um hospital na Faixa de Gaza ter sido atingido por um míssil. Autoridades de saúde da região, governada pelo braço político do grupo terrorista Hamas, afirmaram que houve ao menos 500 mortes. Israelenses e palestinos se acusam mutuamente sobre a autoria do disparo.
"Os Emirados Árabes Unidos e a Rússia convocaram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação no Médio Oriente, incluindo a questão palestina, após o ataque a um hospital em Gaza", anunciou a missão do país árabe. Essa reunião poderia ocorrer às 11h desta quarta-feira, dia 18.
Com isso, a reunião que estava prevista para esta noite para discutir uma resolução patrocinada pelo Brasil sobre o conflito e vinha sendo negociada desde ontem nos bastidores foi adiada.
Negociações em andamento
O bombardeio do hospital ainda pode adiar a apreciação pelo Conselho do projeto de resolução sugerido pelo Brasil, que atualmente coordena os trabalhos por exercer a presidência temporária, em outubro. Na segunda-feira, uma iniciativa similar da Rússia foi rejeitada.
A Rússia disse que tem dúvidas sobre a viabilidade de aprovação do texto costurado pelo Brasil, que precisaria se tornar mais equilibrado. Os russos contudo não veem problema em mencionar abertamente o Hamas, como exigido pelo Ocidente no texto brasileiro. O texto originalmente proposto pelo Brasil vem sofrendo adaptações em relação a sua versão original, o que pode ocorrer até que seja levado a votação no plenário do Conselho.