Manifestações realizadas em várias cidades do Equador na última quinta-feira (21) contra as políticas do presidente Daniel Noboa resultaram em confrontos e prisões. Em Quito, a marcha liderada pela Frente Unitária dos Trabalhadores (FUT) e a Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie) foi barrada pela polícia ao tentar acessar o centro histórico. O presidente da FUT, José Villavicencio, criticou a gestão de Noboa, acusando-o de autoritarismo e de negligência frente à crise econômica, energética e de segurança.
O país enfrenta um grave déficit energético, que já causou perdas bilionárias, além de uma escalada na violência ligada ao narcotráfico. Em Guayaquil, o protesto coincidiu com a memória do massacre de 1922, ampliando as críticas ao governo. Segundo a Conaie, os apagões e cortes no orçamento social aumentaram a pobreza.
A repressão policial deixou três agentes feridos e resultou na prisão de dez manifestantes, enquanto imagens de violência policial circulavam nas redes sociais. Especialistas apontam que a atual crise energética pode estar ligada a interesses de privatização do setor elétrico, contradizendo a Constituição do país.