Podcast
Webstories
Facebook
Twitter
E-mail
Linkedin
Telegram
O presidente russo, Vladimir Putin, está programado para visitar a Mongólia na próxima semana, apesar do mandato de prisão emitido pela Corte Penal Internacional (CPI) em março de 2023. Este mandato foi emitido devido a alegações de "deportação ilegal" de crianças ucranianas durante o conflito em curso na Ucrânia. A visita de Putin à Mongólia, um país signatário do Estatuto de Roma desde 2000 e que ratificou o tratado em 2002, levanta questões sobre a execução do mandato de prisão, já que os Estados membros da CPI são obrigados a prender qualquer pessoa em seu território que esteja sob um mandato da corte.
A viagem de Putin à Mongólia ocorre a convite do presidente mongol Ukhnaa Khurelsukh, para participar das comemorações do 85º aniversário da vitória conjunta das forças armadas soviéticas e mongóis sobre os militaristas japoneses na Batalha de Khalkhin Gol. Esta será a primeira visita de Putin a um estado membro da CPI desde a emissão do mandato, e a expectativa é que a Mongólia não execute a ordem de prisão, dada a preparação cuidadosa da visita e o "excelente diálogo" entre Moscou e Ulaanbaatar, conforme mencionado pelo porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
A Ucrânia, por outro lado, instou a Mongólia a cumprir o mandato de prisão e transferir Putin para a CPI em Haia. No entanto, o Kremlin expressou confiança de que não haverá problemas durante a visita, destacando os laços estreitos entre a Rússia e a Mongólia.
Além das comemorações, a visita de Putin à Mongólia tem um significado estratégico. Durante a viagem, Putin e Khurelsukh discutirão o desenvolvimento das relações bilaterais e questões internacionais e regionais. Espera-se que vários documentos bilaterais sejam assinados, reforçando os laços entre os dois países. A Mongólia, rica em recursos naturais e situada entre a Rússia e a China, tem sido um ponto de interesse para potências globais, incluindo os Estados Unidos, que recentemente buscaram fortalecer sua influência na região.
A visita de Putin à Mongólia ocorre em um momento em que ele tem evitado viagens internacionais para países membros da CPI. Anteriormente, ele não compareceu a cúpulas importantes, como a dos BRICS na África do Sul e a do G20 na Índia, optando por visitar países não signatários da CPI, como China e Coreia do Norte.
