O corpo de Camille Vitória Monteiro, de 21 anos, foi encontrado nesta segunda-feira, 15 de Julho, próximo ao Rio Magé, na Baixada Fluminense. Ela desapareceu no dia 5 de julho após sair de casa em Anchieta, zona norte do Rio de Janeiro, para uma entrevista de emprego no centro.
A família procurava Camille há mais de 10 dias, na esperança de encontrá-la viva. A jovem deixa três filhos pequenos.
Aproximadamente duas horas depois de sair, a jovem enviou uma mensagem para uma tia contando que precisava resolver um assunto com uma amiga em Campo Grande, na Zona Oeste. Mais tarde, os familiares ligaram para o celular dela, mas o telefone estava desligado.
A família afirma que Camille trabalhava como garçonete no Club de Anchieta. O zelador de lá, esteve diversas vezes na casa da família à procura da jovem. Ele até disse à avó que estava negociando uma oferta de emprego.
Os familiares registraram o caso na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e iniciaram uma campanha nas redes sociais.
No final de semana, a família compareceu ao clube onde mora o zelador que mediou o contato de trabalho, acompanhados pela polícia, roupas íntimas femininas, preservativos e medicamentos foram encontrados em seu quarto. O funcionário desapareceu após a repercussão do caso.
A investigação foi transferida para a Delegacia de Descoberta do Paradeiro (DDPA). Os investigadores chegaram a solicitar a prisão de dois suspeitos, mas o tribunal rejeitou o pedido. Um dos suspeitos é o zelador do clube onde ela trabalhava e o outro um ex-policial militar.
O ex-policial foi preso e, na delegacia, apontou onde estava o corpo da jovem. Mesmo assim, o suspeito foi interrogado e teve que ser liberado.
O corpo de Camille foi levado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Teresópolis, onde a família fez o reconhecimento.
Em conversa com a polícia, o zelador disse que foi contratado por um ex-policial militar para encontrar uma “jovem safada para tirar fotos e realizar vídeos de uma suposta traição”.
De acordo com o o zelador, o homem traído, era um empresário, dono de cinco postos de gasolina e tinha muito dinheiro.
O homem disse que o suposto empresário tinha 70 anos, e que sua esposa, que seria pega, tinha 24, disse que pensou em Camille para o trabalho, porque sabia que ela aceitaria o emprego por causa do dinheiro, já que a mesma costumava fazer “bicos” “para se sustentar, por isso, ele afirma que apenas levou a jovem para se encontrar com o ex-policial Central dias antes de seu desaparecimento.
Ele indica ainda que sabia que o trabalho seria em Nova Campinas, em Duque de Caxias, e que estava previsto para o dia 5, mas que não teve contato com nenhum deles nos dias anteriores ao desaparecimento, também disse que o ex-policial ligou na madrugada desta do dia 5, dizendo o seguinte:
"Deu ruim! Fui buscar a menina e ela não estava! Desligue o telefone e quebre o chip."
Já o ex-policial, em seu depoimento, disse que é amigo do empresário que o contratou há mais de 20 anos. Ele disse à polícia que quando amigo, disse que precisava “de uma jovem para fazer um determinado trabalho [o zelador] já sabia quem ela era”, e que mostrou outra menina, recomendada pelo zelador, mas foi informado de que ela não era a pessoa indicada. Quando Camille foi nomeada, a jovem foi recrutada para o serviço.
Durante o trajeto até Duque de Caxias, assustado, achou melhor descer do carro onde estava com a menina e mais dois homens.
O ex-policial contou à polícia que, ao sair, observou e viu quando os dois homens que estavam no carro desembarcaram e agrediram a jovem, mas preferiu sair do local. O corpo foi encontrado na mesma região.