Comemorado no dia 14 de agosto, o Dia do Combate à Poluição foi criado com a intenção de conscientizar a população na tentativa de solucionar os agravantes ao Meio Ambiente.
Conforme a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, a poluição é considerada a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.
Pandemia
No período de isolamento social devido o Covid-19, e consequentemente a redução das atividades cotidianas, a porcentagem da poluição no ar diminuiu exponencialmente em vários países.
De acordo com o estudo feito pelo Centro de Pesquisa sobre Energia e Limpeza do Ar (CREA), aproximadamente 11 mil mortes foram evitadas na Europa somente até julho de 2020, devido à queda da concentração de sujeira na atmosfera.
Emitido pela combustão de motores a explosão, o índice do dióxido de nitrogênio (NO2) foi o de maior redução desde o início das quarentenas. Na Europa, foi cerca de 40% a menos que em 2019.
No Brasil, foi observada uma redução de 77% no nível de dióxido de nitrogênio no distrito industrial de Santa Cruz, região metropolitana do Rio de Janeiro. Em geral, o estado diminuiu 30% da emissão de NO2, conforme o CREA.
No entanto, o instituto World Resources Institute Brasil (WRI) constatou em 2020 que cerca de 50 mil brasileiros morrem a cada ano por consequências da Poluição e ainda chamou de "pandemia silenciosa".
"Quatro anos seriam suficientes para o país chegar a cifra dramática de 200 mil mortos da Covid-19" afirma o estudo O Estado da Qualidade do Ar no Brasil assinado por 14 cientistas.
Prevenção
O Engenheiro Ambiental, Glauco Santana, citou atitudes sustentáveis que podem cooperar na prevenção de poluentes, são estes:
- Evite o consumo exagerado de energia: o alto consumo de equipamentos elétricos exige uma maior demanda no funcionamento da usinas hidroelétricas, o que causa grandes impactos.
- Separe o lixo orgânico dos recicláveis: a separação dos resíduos devem ser feitas em casa para a destinação correta dos mesmos.
- Diminuir a utilização de veículos a combustão: a melhor opção são os veículos híbridos e elétricos.
- Consumir apenas o necessário e evitar compras compulsivas: quanto maior for o consumo e o lixo, mais haverão contaminantes no Meio ambiente, o certo é aderir um consumo inteligente.
- Utilizar produtos ecológicos e biodegradáveis: É necessário observar, no momento da compra, se os produtos têm o Selo Verde que indica um consumo ecologicamente correto.
- Não jogar lixo nas ruas: resíduos em vias públicas podem comprometer a infraestrutura da cidade e causar alagamentos. Quando os lixos chegam aos rios, provocam um desequilíbrio ambiental, ameaçando seres aquáticos e contaminando a água do consumo humano, inclusive com doenças.
O especialista ainda afirma que além de cuidar do Ecossistema, economizar energia também traz resultados positivos quando a conta vem no fim do mês.
Comentou ainda sobre o alto custo de veículos híbridos e elétricos, "Se a pessoa se organizar e realmente tiver em mente, à consciência, a preservação do Meio ambiente, ela consegue atingir esse ponto".