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Se no começo eram as Ongs, algumas até em caráter duvidoso, que se preocupavam com o desmatamento e as influências no clima, hoje são instituições sérias que se voltam para o momento do tema. A ONU, por intermédio da FAO, o Banco Mundial e o Vaticano emitem sinais sobre a questão. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura deu conhecimento do relatório síntese deste ano sobre “A Situação Mundial da Terra e dos Recursos Hídricos para Alimentos e Agricultura - Sistemas no Limite”.
O objetivo do histórico documento é aumentar a conscientização sobre o estado da terra e dos recursos hídricos, destacando os riscos e informando sobre oportunidades e desafios. Pretende também sublinhar a contribuição crítica das políticas, instituições e investimentos certos. Avaliações, previsões e hipóteses recentes apontam para o esgotamento acelerado dos recursos terrestres e hídricos e a correspondente perda de biodiversidade.
O relatório Solaw 2021 destaca os riscos e tendências mais importantes relacionados à terra, solo e recursos hídricos e apresenta os meios para resolver o problema da competição entre os usuários e gerar os benefícios desejáveis.
Os recursos mundiais de água, terra e solo estão sob pressão, “pois devem atender à crescente demanda por alimentos. A agricultura é importante para mitigar essas pressões e contribuir positivamente para o clima e as metas de desenvolvimento. Práticas agrícolas sustentáveis podem levar a melhorias diretas no estado da terra, solo e água, bem como gerar benefícios para o ecossistema e reduzir as emissões da terra. Para isso é necessário dispor de informações precisas e melhorar consideravelmente a forma de gestão dos recursos. Esforços complementares também são necessários fora da gestão de recursos naturais para maximizar sinergias e gerenciar compensações”.
A abordagem da questão ambiental pelo Banco Mundial não apenas incorpora as preocupações ambientais, como lança as bases para um novo processo de desenvolvimento. Uma fase de desenvolvimento equilibrado, onde a pujança do econômico não se faça à custa nem do social nem do meio ambiente. Trata-se de um processo que não apenas requer determinação política do governo central, mas que, em grande medida, depende da colaboração e apoio de outros países, das diversas Ong's, nacionais e internacionais.
O Rabobank, banco especializado em soluções financeiras para o agronegócio, em parceria com o Fundo AGRI3 fechou duas operações com redução do risco. O Fundo, iniciado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e pelo Rabobank, facilita a colaboração entre as partes públicas e privadas e visa liberar US $ 1 bilhão em capital para acelerar o investimento em fazendas que buscam práticas mais sustentáveis, incluindo proteção florestal e melhoria dos meios de subsistência rurais.
