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MEIO AMBIENTE

Precisamos falar sobre o Rio Meia Ponte

O Dia Mundial da Água – celebrado neste dia 22 de março – foi criado em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e tem a missão de trazer reflexões a respeito da importância de preservar os recursos hídricos. Logo, nesta data, vale discutir a situação atual do rio Meia Ponte, responsável por 48% do abastecimento de Goiânia. Mas, ao longo dos anos tem sofrido com a interferência humana.

A bacia do Rio Meia Ponte conta com uma população total de mais de 2 milhões de habitantes. Isso representa aproximadamente 37% da população do Estado, distribuídos em 29 municípios que possuem a presença da bacia. O principal é a capital do estado: Goiânia.

A proximidade com Goiânia, de acordo com o geólogo Isaías Araújo, definiu os rumos do estado. Há cerca de 90 anos, sendo um dos principais afluentes do Rio Paranaíba, a localização ajudou a definir onde seria a nova capital. E o volume de suas águas, tornou possível a realização de uma usina hidrelétrica, a Usina do Jaó, para abastecimento elétrico da cidade.

Porém, a proximidade com a capital, também definiu o futuro do rio, que logo se tornou muito poluído e a usina foi desativada. “Há cerca de 30 anos, o rio possuía a presença de peixes como pintado e dourado, hoje estes peixes não são mais encontrados, o local é poluído por agrotóxicos das lavouras das fazendas próximas, esgoto domésticos e detritos de empresas. Tem-se retirado muita água para irrigação da agropecuária”, explica.

Volta por cima
No entanto, há ações em defesa do rio sendo executadas: em 2021, após três anos de estudos e avaliação detalhada de uma equipe de técnicos da Semad, em trabalho conjunto com a UFG e representantes dos Comitês de Bacia, foram aprovados ano passado os Planos de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas dos Afluentes Goianos do Paranaíba.

Tais estudos possibilitaram diagnóstico, prognóstico e plano de ações para o rio. O Diagnóstico apresenta a situação atual e as características socioeconômicas, fisiográficas e hidrológicas da UPGRH. O Prognóstico apresenta cenários de evolução da população, das atividades econômicas e, com isto, projeta a variação das demandas e disponibilidades hídricas.

Conforme dados da SEMAD, o Plano de Ações, busca indicar os caminhos para que se possa equilibrar estas demandas e disponibilidades de forma sustentável, fomentando o crescimento econômico e protegendo os rios e seus ecossistemas.

O estudo, revelou ainda que uma das maiores questões do Meia Ponte está no abastecimento público - já que a bacia abastece a Região Metropolitana de Goiânia e também o Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) e, o rio conta uma escassez hídrica.

Além disso, comprovou-se que a qualidade das águas estão fora dos padrões de qualidade aceitáveis e foram feitos os cálculos dos investimentos a serem realizados para melhorar a situação. Também está sendo elaborado um planejamento para implementação destas ações e monitoramento dos resultados.

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