Segundo reportagem publicada ontem em “O Globo”, o Ibama, em Goiás, estaria sob investigação da Corregedoria, em Brasília, por conta de supostos abusos do superintendente Bruno Pinheiro, que teria sido “alvo de denúncias por suposto assédio moral”.
“Os servidores relataram situações frequentes de tratamento rude e grosseiro, além de protagonizarem “cenas com berros e murros na mesa”.
“Em muitas ocasiões, funcionários relataram ter deixado reuniões aos prantos, segundo a denúncia”, apurou “O Globo”.
Segundo o jornal, os servidores alegam que existe ainda “uso de madeira apreendida para favorecimento político do presidente do PP em Goiás, o ex-deputado Alexandre Baldy”.
O político faz parte da base de apoio de Jair Bolsonaro, que decide as nomeações em Goiás.
“Com a justificativa de que a população de todo o Estado de Goiás está sendo beneficiada com doações do Ibama, o superintendente Bruno Pinheiro vem utilizando a máquina pública para fazer propaganda política para a família Baldy”, diz a denúncia, fundamentada com fotos em redes sociais, onde o político apareceria em situações de doações.
Ao “Globo”, Baldy negou que seja o responsável pela indicação de Bruno Pinheiro e qualuer ilegalidade. “A maior beneficiada com a madeira apreendida é a população de pequenos municípios de Goiás. A madeira é fruto de um sério e eficiente trabalho de fiscalização por parte do Ibama, que resultou na entrega de obras em escolas públicas, casas populares e pontes em área rural”, disse em nota.
O DM apurou que, de fato, vários municípios foram beneficiados com as medidas.
Na denúncia, os servidores de Goiás afirmam que Bruno Pinheiro diz “que assumiu o a chefia do órgão no Estado por indicação e influência política de Alexandre Baldy, além de ser ligado a “políticos de projeção nacional e que tem livre acesso aos altos escalões da Polícia Militar de Goiás”.
Até o fechamento da edição, o DM não conseguiu contato com Bruno para publicar sua versão sobre as denúncias.