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Chanceler chinês ameaçado com "confronto e conflito" se EUA não mudarem de postura

Declaração foi feita pelo ministro de Relações Exteriores da China, Qin Gang.

O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, participou de uma coletiva de imprensa. O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, participou de uma coletiva de imprensa.

Qin Gang fez essa declaração durante um discurso em Pequim, onde pediu que os EUA "abandonem a maternidade da Guerra Fria" e parem de interferir nos assuntos internos da China, incluindo Taiwan, Hong Kong e Xinjiang. Ele também pediu que os EUA parem de usar a pandemia de COVID-19 como uma desculpa para suprimir a China e prejudicar a cooperação internacional.

O ministro das Relações Exteriores da China ainda afirmou que a relação sino-americana está em um momento crítico e que a China não tem intenção de "jogar jogos políticos". Ele também afirmou que a China está comprometida com a defesa de sua soberania, segurança e desenvolvimento, e não será intimidada por nenhum país ou força externa.

As relações entre as duas superpotências estão tensas há anos devido a uma série de questões, incluindo Taiwan, comércio e, mais recentemente, a guerra na Ucrânia, mas pioraram no mês passado depois que os Estados Unidos derrubaram um balão na costa leste dos EUA que diz ser chinês.

Gang afirmou que “a percepção e as visões dos EUA sobre a China estão seriamente distorcidas. [Os norte-americanos] consideram a China como seu principal rival e o maior desafio geopolítico”.

O chanceler chinês indica que acredita que os Estados Unidos não estão buscando uma competição saudável com a China, mas sim uma política de contenção e repressão que pode levar a um conflito direto entre as duas nações.

Ucrânia e Rússia

A "diplomacia do guerreiro lobo" é uma postura adotada pela China que se caracteriza por uma abordagem mais assertiva e agressiva em suas relações externas. O termo "guerreiro lobo" vem de um filme chinês que retrata lobos liderando uma revolução contra uma dinastia opressora. Desde 2020, a China tem adotado essa postura em suas relações diplomáticas, buscando uma maior afirmação de sua posição no cenário internacional. Qin defendeu essa postura durante a entrevista, afirmando que a China não tem medo de confrontos, mas prefere resolver suas diferenças através do diálogo e da negociação.

O chanceler chinês não mencionou diretamente a Rússia ou Putin em suas declarações sobre a Ucrânia, mas sua referência à "mão invisível" sugere que a China não acredita na versão norte-americana dos eventos. Recentemente, os Estados Unidos declararam que Putin é responsável por crimes contra a humanidade na Ucrânia, o que agravou ainda mais a tensão entre as duas potências. A posição da China em relação ao conflito na Ucrânia tem sido de neutralidade, e o país tem enfatizado a importância da resolução do conflito por meio de conflito diplomáticos.

Além disso, Qin afirmou que a China está comprometida em aprofundar a cooperação estratégica com a Rússia em diversas áreas, incluindo defesa, energia e comércio. Segundo ele, a parceria sino-russa tem sido fundamental para manter a estabilidade global e promover a multipolaridade no mundo.

Moedas

O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, afirmou em entrevista que os países devem usar qualquer moeda que seja eficiente, segura e confiável para o comércio bilateral, e que as moedas não devem ser usadas como trunfo para garantir unilaterais ou como um disfarce para intimidação ou coerção. Qin também destacou que a China tem procurado internacionalizar o seu renminbi, ou yuan, que tem ganhado popularidade na Rússia como alternativa após os ocidentais terem fechado os bancos russos e muitas de suas empresas fora dos sistemas de pagamento em dólares e euros.

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