O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu diretamente a uma pergunta sobre relatos de supostos planos de abertura de uma base de espionagem em Cuba, dizendo que "não está ciente" da situação. O órgão ainda acusou os Estados Unidos de criar barcos, difamar e interferir nos assuntos internos de outros países.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, afirmou nesta sexta-feira (9) que os Estados Unidos devem refletir sobre suas próprias ações e parar de interferir nos assuntos internos de Cuba sob a bandeira da liberdade, democracia e direitos humanos. Ele também incentivou Washington a acabar imediatamente com o bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba.
Essas declarações foram em resposta a relatos de inteligência dos Estados Unidos que indicavam que Cuba teria concordado com a construção de uma base de espionagem chinesa no país latino-americano. Segundo informações de fontes familiarizadas com a inteligência, a base permitiria que a China espionasse as comunicações eletrônicas em todo o sudeste dos EUA.
No entanto, o vice-chanceler de Cuba, Carlos Fernández de Cossio, recusou categoricamente os relatos sobre a instalação da base de espionagem chinesa. Durante uma entrevista coletiva em Havana, ele classificou as reportagens como "totalmente falsas" e "caluniosas".
A construção de uma base de espionagem chinesa em Cuba levanta preocupações de segurança para os Estados Unidos, especialmente no que diz respeito à inteligência de sinais, que envolve a coleta de informações de comunicações eletrônicas. Segundo fontes, a China já tentou espionar as comunicações eletrônicas dos EUA, utilizando um balão espião que transitou pelo país em fevereiro deste ano.
Embora não esteja claro se a China já iniciou a construção da instalação de espionagem em Cuba, as autoridades dos Estados Unidos estão monitorando de perto a situação. O Wall Street Journal foi o primeiro veículo de comunicação a relatar as informações sobre uma suposta base de espionagem.
Essa questão levanta preocupações adicionais sobre as relações entre a China, os Estados Unidos e Cuba, bem como a segurança e espionagem no âmbito global. A situação continuará sendo seguida de perto pelo governo e pela comunidade internacional.