A Rússia anunciou no último domingo (26) que transportará armas táticas para a Bielorrússia, o que gerou críticas da Otan e da União Europeia. Segundo uma porta-voz da Otan, a ação é "perigosa e irresponsável" e a organização está "monitorando a situação de perto". Além disso, a Otan destacou que não viu nenhuma mudança na postura nuclear da Rússia que levaria a organização a ajustar sua própria posição.
A porta-voz de Otan também rejeitou a alegação de Putin de que suas ações apenas espelham as das nações ocidentais. Ela destacou que os aliados da Otan obedeceram com total respeito aos seus tratados internacionais, enquanto a Rússia quebrou consistentemente seus compromissos de controle de armas, incluindo a suspensão de sua participação no tratado New START.
Por sua vez, a liderança de política externa da União Europeia condenou o anúncio de Putin e afirmou que o recebimento de armas russas na Bielorrússia significaria "escalar a situação e ameaçar a segurança europeia". A União Europeia está pronta para responder com mais conformidade, caso seja necessário.
Vale ressaltar que o movimento é o mais brusco em relação aos armamentos químicos desde o início da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. Em resposta ao anúncio, a Ucrânia pediu que o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúna para discutir a questão. A situação ainda é tensa e os países continuam monitorando de perto as movimentações da Rússia em relação à Belarus.