Por Aurélio Resende
Em Goiás, somente no primeiro mês deste ano, a Balança Comercial teve saldo positivo de US$ 208 milhões, sendo US$ 632 milhões de Exportação e US$ 423 milhões de Importação. Os dados nacionais também são expressivos, apenas na primeira quinzena de fevereiro houve uma corrente de comércio de US$ 15,7 bilhões. No primeiro Carnaval do pós pandemia, teremos a Sapucaí, o circuito Barra-Ondina e as cidades turísticas do estado de Goiás lotadas. Mas afinal, que relação existe entre Carnaval e Comércio Exterior?
O Carnaval é uma das mais tradicionais e importante festas do calendário brasileiro. É celebrado em todas as regiões do país com desfiles de Escolas de Samba, blocos de rua, trios-elétricos, frevo, o Galo da Madrugada em Recife e os tradicionais bonecos gigantes de Olinda. A festa movimenta setores da economia que vão da indústria ao turismo.
Falando em turismo, as entidades representativas do setor registram um aumento significativo no fluxo de turistas domésticos e estrangeiros no período do Carnaval o que impacta positivamente a economia brasileira em bilhões de reais. A realização do Carnaval provoca um expressivo aumento na demanda por bens e serviços importados como, por exemplo, equipamentos de som, alimentos, bebidas, tecidos, pedrarias, penas, lantejoulas, glitter para as fantasias entre outros. Inclusive, no Comércio Exterior existe um dispositivo específico que identifica os produtos utilizados no Carnaval. Estamos falando do NCM - 9505 que é o código da Nomenclatura Comum do Mercosul utilizado para artigos de festas, carnaval ou outros divertimentos nas operações Comerciais.
Desse modo, é perceptível a influência que o Carnaval exerce no Comércio Exterior. No âmbito das importações, como nem todos os artigos empregados na realização do Carnaval são produzidos nacionalmente, observamos que nas duas últimas décadas o fluxo nas importações desses artigos da China para o Brasil aumentou cerca de 20 vezes. Nas exportações, o período representa uma excelente oportunidade para a promoção dos produtos da economia criativa local para os turistas estrangeiros e da cultura brasileira no mercado internacional.
AURÉLIO RESENDE,
Gerente de Comércio Exterior do Governo de Goiás.