A atitude do PP de tentar anular a eleição de Wilder Morais a senador no pleito de 2022, certamente orientada pelo derrotado Alexandre Baldy, lembra, de certa forma, esse pessoal que ficou acampado na porta dos quartéis se recusando a reconhecer a vitória do presidente Lula nas eleições de 2022 e que, neste domingo, 8, em Brasília, aprontou um ato de terrorismo assustador em Brasília, expondo assim total desrespeito à democracia. Ainda bem que não houve nenhuma morte como ocorreu na invasão do Capitólio (Congresso dos Estados Unidos) em 6 de janeiro de 2021 por contestação à vitória de Joe Biden contra Donald Trump. Lá houve cinco mortes.
Wilder praticamente teve a mesma quantidade de votos da eleição de 2018. Alcançou 799.022 na de 2022 e naquela obteve 769.368 votos. A diferença é de apenas 2.635 votos a mais na eleição em que saiu vitorioso. As irregularidades apontadas são chifres vistos na cabeça de cavalo, mas isso não resultante da cegueira da ignorância, mas de maneira intencional, ardilosa. Tentativa de golpe baixo, gesto vindo do não-reconhecimento da vontade dos eleitores que preferiram Wilder aos demais candidatos.
No pleito em que saiu derrotado, Wilder foi ignorado, ninguém questionou seus gastos. Sua determinação o fez continuar na sua busca por uma vaga ao Senado. Agora que conseguiu, os olhos da inveja o apedrejam, apontando irregularidades numa prestação de contas que teve a aprovação da Justiça Eleitoral.
Wilder tem uma história de vida empresarial e política sem episódios obscuros de tapetes cobrindo sujeiras. Foi um cara bem pobre que mudou o rumo de vida para a prosperidade com a educação: formou-se em engenharia civil com crédito educativo (pago com o trabalho de costura de sua mãe, dona Angélica), arregaçou as mangas e foi construir sua vida sem se envolver com superfaturamento de obras públicas. Nas ondas turbulentas da economia, ele e mais dois colegas de curso, movidos de muita determinação, criaram a Construtora Orca.
Um aforismo de Confúcio, filósofo chinês, cabe ser citado nesse episódio de maldade contra Wilder: “O homem superior atribui a culpa a si mesmo; o homem comum aos outros”. Enfim, a culpa da derrota dos incomodados com a vitória de Wilder está neles mesmos. Falta-lhe sensatez para reconhecer, pois são homens comuns.