“caras pálidas”, hoje nesta minha crônica quero deixar inserida nela uma pequena desculpa, bem compreensiva, pois que, desde alguns dias atrás, desejava escrever uma missiva a um amigo de infância, pelo passamento de sua esposa: José Mendonça Telles.
De fato, o burburinho desta nossa jornada terrena, em que ainda busco um pouco de trabalho, este mesmo trabalho tem proporcionado um bom pedaço de tempo, e o que me sobra, não sei bem aproveitá-lo.
E eis que fico nesta encruzilhada toda.
E me faço a pergunta: deveria enviar uma missiva ao dileto amigo? Mas a esta altura do tempo, e que tempo, não adiantaria mais nada.
Mas, no entanto, expresso nesta minha crônica, que escrevo com coração sangrando as mesmas lágrimas do Zé Mendonça, a sua grande perda, a ida para o Oriente Eterno de sua Ana Maria.
Saiba amigo velho, não estando presente e nem me colocado ao seu lado, senti imensa dor por você e filhos.
Sei bem o hiato que está presente em sua vida e em sua casa, porque a Ana Maria era o sol que brilhava toda hora em seu dia a dia.
Também sei da grande companheira que esta representava ao seu lado, em todas horas e momentos.
Lembrei-me da visita que fiz a você em sua casa de veraneio em Pirenópolis, da cortesia que esta me ressaltou, bem como ao meu irmão Antônio Carlos. Naqueles gestos vi uma pessoa simples e hospitaleira, bem como a representação de uma grande companheira.
Neste momento de dor e sofrimento, meu caríssimo Zé Mendonça, também sabendo de seu espírito religioso e fiel ao nosso Criador, pois somente ele, na sua Onipotência, poderá consolar um coração sofredor.
E eu, daqui desta minha Caldas Novas, já fiz uma prece especial para sua Ana Maria, no Santuário de Nossa Senhora da Salette, que frequento as missas de quarta e domingo, pedindo a Ela que ampare a alma de sua digníssima esposa e que lhe dê o conforto necessário.
Palavras, eu sei, também, meu caríssimo amigo, não serão suficientes para abrandar a dor, mas o tempo e a reflexão, que você possui, e muito, poderão abrandar um pouco a dor de seu coração.
Deixo, aqui nesta minha despretensiosa crônica, o meu abraço fraternal e que o consolo de todos os amigos e parentes, que uniram em seu redor, acrescente, neste momento, o meu também.
O amigo, não muito distante, ainda irá visitá-lo e, neste momento, o abraço pessoal será selado com o calor eterno da amizade.
Que Deus o abençoe, José Mendonça Telles.
(Orimar de Bastos, juiz de Direito aposentado, advogado militante em Caldas Novas, membro da Academia Tocantinense de Letras, ocupante da Cadeira n° 33 e membro da Academia de Letras e Artes de Piracanjuba-GO e Cidadão Caldas-novense - E-mail: [email protected])