Só um pequeníssimo comentário antes de tentar fazer jus ao título: Não estou mancomunado, alugado, “com o rabo preso nem amarrado”, submetido nem filiado a nenhum partido, entidade, seita, instituição “privada”, política ou religiosa e, portanto, as minhas “obras” – e posso utilizar-me da palavra “obras” porque até a merda recebe tal alcunha – tanto as telas pintadas na juventude como as poesias, artigos e crônicas, são “entidades independentes” ou, como costumo brincar com os amigos, “filhos que eu pari” e, apenas mais um último recadinho para os que leem meia dúzia de livros na vida e se propõem a ensinar, prognosticar, criticar – e haja “ar” – e, pior, até opinar sobre o meu estilo, os temas, mas, olhem, por favor, continuem me criticando porque tudo que eu afirmo aqui, e em qualquer lugar, pode ser facilmente verificado e comprovado com uma rápida pesquisa no Google, o “Oráculo do Século XXI”, então, volto a repetir: não invento nada, sou apenas um pesquisador, um observador, aliás, na verdade sou apenas um idiota. Idiota, segundo a psicanálise, é a maneira particular como cada ser vê o mundo, as coisas, os objetos, é o Id, juntamente com o Ego e o Super-Ego, a “trindade” formadora do “organismo mental”, ou a mente. Que nome esquisito para o tal “organismo”: mente! A mente que mente e o “Id-iota”. O misericordioso leitor já deve estar farto destes meus “comentários” e, para cumprir o que prometi, ou seja, fazer jus ao título finalizo este primeiro parágrafo porque, como sempre menciono também, parágrafos longos, extensos, segundo os grandes mestres da escrita, afugentam leitores, ainda mais o primeiro!
Nos artigos anteriores afirmei que graças aos portugueses e ao nosso conterrâneo, o brasileiro “carioca” D. Pedro II, conquistamos a “nossa” imensa Amazônia, cuja quantidade de ouro e minérios contidos no subsolo, a biodiversidade e, o mais incrível, a água, fazem de tudo, tudo mesmo, todo o pau-brasil e o ouro que eles levaram daqui para acertar suas dívidas com a coroa inglesa, uma mixaria, “trocado”, como mencionei. O que levaram, comparado com as terras conquistadas nas guerras com os espanhóis, que fizeram do Brasil o maior país em extensão territorial abaixo da “Linha do Equador”, é um montante insignificante mesmo e, afora a vinda da “Família Real”, que consigo trouxe renomados cientistas, filósofos, teólogos, poetas, bibliotecas, enfim, para cá não vieram somente os ladrões, prostitutas e assassinos, como costumam dizer, vieram, inclusive, muitos judeus que foram expulsos, lógico, por conta de questões religiosas, enfim, enfim e enfim, temos que parar de ver os nossos irmãos como antigos exploradores sanguinários, estupradores e mostrar os fatos verdadeiros para a nova geração. Durante o governo de D. Pedro II, que reinou por 48 anos – nunca um imperador reinou por tanto tempo na história da humanidade – “imperava” a liberdade de imprensa e inúmeras charges, nos jornais da época, ironizavam até mesmo o imperador. Pena que o Brasil não enviou nenhum representante para os funerais dele em Paris. Afirmei e volto a afirmar que D. Pedro II estava querendo a morte tanto era a sua amargura por, na velhice, depois de tanta luta pelo seu país, pelo Brasil, desde que fora coroado, aos 14 anos, então, exilado do seu do seu país, tendo que sair daqui sob o risco de vida nos momentos que antecederam o seu embarque improvisado, uma “pinguela” para chegar no “barco”, com todo aquele perigo, o misericordioso leitor pode imaginar sua tristeza com a ingratidão “brasileira” lá, na distante Paris? O seu funeral foi um dos mais concorridos da história de Paris, à época, porque D. Pedro II era conhecido e admirado em todo o planeta, tendo sido um dos primeiros a falar ao telefone numa ligação internacional e, bem, como sou admirador dele irei, lógico, parar por aqui, senão, estender-me-ei e não terei “tempo” para mencionar, novamente também, que agora seria a hora do governo brasileiro criar uma campanha para “convidar” nossos irmãos europeus, em especial os portugueses, para virem morar no Brasil, criando facilidades e incentivos. Além de renovarmos a vida de irmãos que nem dormem de medo do terror, estaremos, evidentemente, trazendo divisas, investimentos para o nosso país. Até.
(Henrique Gonçalves Dias, jornalista)