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OPINIÃO

A poluição sonora que assola a Campininha das Flores

Em 15/01/2016, fora publicado nesta coluna um artigo de autoria do Dr. João Francisco, um atuante advogado e um genuíno campineiro, assim como eu.

O Artigo denominado “O BAIRRO DE CAMPINAS E SEUS PROBLEMAS INSOLÚVEIS”, é oportuno, eu diria ainda, providencial! Pois trata-se de 2 (dois), grandes problemas, um deles o trânsito. Neste ponto concordo com o título, pois no meu pouco conhecimento de engenharia de tráfego, entendo ser de fato insolúvel, cabe a população paciência.

Quanto ao item poluição sonora, entendo que seja solúvel, pois, sendo a solução o botão do off, da “rádio comunitária”.

Para que o leitor possa entender melhor e tenha dimensão do que seja essa “rádio”, eu explico. Em quase todos os postes da Av. 24 de Outubro, no Setor Campinas, possui uma caixa de som composta com um auto falante de péssima qualidade que emite um som bem agudo, e em um volume altíssimo. O motivo do mesmo ser agudo e alto, é para concorrer com o som dos locutores contratados pelos lojistas para  “atrair“ clientes.

Os profissionais de campinas são obrigados a conviver com esta disputa sonora de má qualidade, digo isso pois trabalho em campinas e sei bem do que estou falando. Meu escritório é situado em um dos principais cruzamentos, sendo uma destas caixas de som é situada exatamente no poste de frente a janela de minha sala. Assim, mesmo não gostando de certos “tipos” de músicas, sei todas as letras, pois como já disse, sou obrigado a escutar algo que não é do meu interesse.

Se não bastasse, a música não ser agradável aos meus ouvidos, ainda existem as propagandas. Em se tratando de propagandas, cito uma em especial que muito me incomodou, foi um profissional do direito oferecendo seus serviços, o que é ilegal frente ao estatuto da advocacia.

Ora, todos sabemos dos malefícios causados pela poluição sonora: Estresse/Depressão/Perda de audição/Agressividade/Perda de atenção e concentração/Perda de memória/Dores de Cabeça/Aumento da pressão arterial/Cansaço/Gastrite e úlcera/Queda de rendimento escolar e no trabalho inclusive surdez (em casos de exposição à níveis altíssimos de ruído).

Diante do supramencionado eu questiono porque manter algo tão maléfico a sociedade? Mesmo após várias reclamações e denúncias, nenhuma medida foi tomada! Seria interesse politico a resposta? No meu entender sim.

Por fim parabenizo o Dr. João Francisco pelo artigo, e parabenizo ainda o Jornal Diário da Manhã pela sensibilidade e consequentemente publicação do mesmo.

(Júlio César Inácio, advogado militante, OAB-GO 30.601 - e-mail: [email protected])

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