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OPINIÃO

O Bairro de Campinas

O Bairro de Campinas, ou a “Velha Campininha” como carinhosamente é chamado por muitos, é o mais antigo e também considerado berço histórico da Capital, pois aqui estão localizadas as primeiras praças e edificações construídas no início do surgimento da cidade. Atualmente, é também o Setor que mais contribui com os cofres públicos, pois é onde está instalado um dos principais pólos comerciais da metrópole, tanto atacadistas, como varejistas.

Mesmo diante destas posições privilegiadas e com as repetidas cobranças da comunidade, com a participação direta e indispensável dos órgãos de comunicação, Campinas, nos últimos anos, tem sido um dos Setores que menos têm recebido benefícios por parte do Poder Público. Por isso, em outras oportunidades, por iniciativa própria e atendendo a pedidos de outros campineiros, já abordei esta mesma questão em artigos publicados neste mesmo valioso espaço do Diário da Manhã. Mas como os problemas continuam, volto a repetir o assunto. Só que, desta vez, para não ser prolixo, economizar espaço na coluna e tempo do leitor, vou questionar apenas dois problemas, que são o do trânsito tumultuado e a indesejável e maléfica poluição sonora, que é considerada pela Organização Mundial de Saúde como um caso típico de saúde pública.

Quanto ao confuso tráfego de veículos em Campinas, quem conhece o Setor sabe que nas ruas José Hermano e Senador Jaime, nos trechos entre a Praça Joaquim Lúcio e Avenida Castelo Branco, mesmo em se tratando de vias estreitas, porquanto, inadequadas para o comércio atacadista, ainda assim, ali estão instaladas grandes lojas comerciais do ramo. Em razão disso, nos dias úteis, elas ficam praticamente intransitáveis, pois são ocupadas pelas longas carretas, ora fazendo suas demoradas manobras, ora estacionadas nos dois lados das pistas, causando transtornos aos condutores de veículos pequenos que são obrigados a transitar por ali, por falta de outras opções.

Já, a nociva poluição sonora, esta praga atormenta a população campineira todos os dias úteis, das 8 às 18 horas, provocada pelas caixas de som instaladas nos postes de iluminação, nas portas das lojas comerciais, nos veículos e nas calçadas, sem que haja nenhuma repressão por parte das autoridades competentes.

Enquanto isso, como foi divulgado pela imprensa, tramita na Câmara Municipal de Goiânia projeto de lei propondo reduzir a poluição visual que é, evidentemente, menos danosa, pois não afeta a saúde da população. Portanto, seria uma boa oportunidade para os senhores vereadores apresentarem propostas para alterar o Código de Postura do Município e acabar com este mal que tanta afeta o sossego da população, principalmente a campineira, para que esta possa gozar também do direito ao sossego e à preservação da saúde, que a Constituição da República garante a todos.

(João Francisco do Nascimento, advogado militante em Goiânia, OAB-GO 2544, e articulista do Diário da Manhã - e-mail: [email protected])

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