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OPINIÃO

O imprescindível ato de valorizar nossos trabalhadores

Temos enfrentado diversas dificuldades à frente da gestão pública de Anápolis. Os desafios, que não são exclusivos da nossa cidade e tampouco se resume às esferas municipais, acometem também outras esferas do poder público brasileiro e são agravados pelo medo que a economia cotidiana vem sentindo diante da pressão do mercado especulativo que insiste em superdimensionar a crise político-econômica nacional.

O fato é que há anos, para não dizer décadas, o pacto federativo demanda de atualização e a causa municipalista padece de um esforço político que reveja o sistema, a fim de por fim às diferenças entre os compromissos e investimentos que cabem a cada ente federativo. Somente com a esta relação equacionada será possível adequar receitas municipais com investimentos proporcionalmente.

No entanto, uma frase que repetimos em todas as oportunidades que temos a chance de falar sobre o assunto é que a população não nos elegeu para elaborar desculpas. De fato, os problemas e os desafios municipais são agudos, mas todos nós, gestores responsáveis e antenados com a realidade municipal e os anseios do povo, temos de entrar nesta missão ciente da grandiosidade do desafio e com a mente focada num processo inovador, criativo, transparente e responsável de gestão.

A população quer soluções e bom atendimento. Em especial, apostamos que o início de um bom relacionamento dos organismos públicos junto ao nosso principal cliente, que é a população, é o começo para que tudo caminhe adequadamente. É por isto que uma de nossas prioridades irrefutáveis é a valorização do trabalhador. Seja o médico, o professor, os engenheiros ou os chamados “braçais”, é fundamental que tenhamos um direcionamento de que o diálogo aberto e o esforço para o desenvolvimento de uma política salarial e de carreira tentadora são a porta de entrada para a mudança nas relações.

O servidor, que também integra a população da cidade, quando valorizado, atendido em seus anseios ou ao menos com a chance de compreender a realidade que vivemos através de uma relação mediada com atenção e respeito, torna-se ele mesmo um agente da transformação em nome da Excelência.

Na manhã da última terça-feira tive a oportunidade de tomar um café da manhã de surpresa, sem aviso prévio, com servidores da diretoria de serviços urbanos. Nesse encontro, pudemos conversar, trocar informações preciosas e, principalmente, pude ouvir os anseios e as cobranças de cada um. Também no mesmo momento, pude compartilhar com eles nossa intenção de modificar, melhorar e lutar junto com eles e com o sindicato que os representa no objetivo de encontrar a melhor solução.

Fiquei grato de ter este encontro e compartilhar com eles o alimento matinal. Um gestor deve estar próximo do povo e, em especial, dos servidores que – em última análise – representam a administração pública perante o restante da população.

Saí de lá com o ânimo renovado e com disposição para não medir esforços no intuito de seguir a nossa política de valorização do funcionalismo que colocamos em prática desde 2009. É preciso consolidar esta mudança de paradigma na relação entre o gabinete municipal e os trabalhadores. E nós nos lançamos desde o início a sermos instrumentos desta mudança.

(João Gomes, prefeito de Anápolis)

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