As minorias esquerdistas estridentes estão com os dias contados no poder, para cujo exercício, por sinal, se revelaram tão incompetentes. Pode ser que daqui pra diante, aqui ou ali, numa cidade ou noutra, um ou outro político de esquerda poderá assumir o governo. Para evitar o desastre é preciso estar atento, sobretudo os setores mais esclarecidos da sociedade. Temos ainda muito trabalho pela frente no sentido de desmontar a farsa de um discurso que dominou a política e a cultura nacional durante tantos anos, inclusive a cultura religiosa.
Agora já não podem usar o discurso da honestidade, depois do assalto praticado contra o estado e nossas estatais. Pelo menos nos próximos anos. Mas vão continuar gritando contra as injustiças sociais, em nome dos chamados oprimidos. Se bem que precisam agir rápido, porque o número de pobres, e miseráveis, está diminuindo na cena social.
Mas a luta das esquerdas para aumentar o número de pobres continua de pé, até como forma de preservar sua clientela. Recentemente conseguiram uma vitória. No último ano, quase um milhão de famílias ficaram mais pobres, desceram na escala social. Um verdadeiro desastre.
Gradativamente, a sociedade que trabalha e paga imposto (e sem tempo para militar), está tomando consciência dos riscos representados pelos movimentos de esquerda enrustidos nos mais diversos setores da sociedade. Estamos sendo vacinados gradativamente contra os desvarios de um movimento que faz o que não conta e conta o que não faz. Mas eles continuam lutando, bravamente, para retirar dinheiro dos nossos bolsos de alguma forma. Recentemente descobrimos, vejam só que incrível (!), o esposo da atriz global Marieta Severo, ganhando proventos de mais de sessenta mil reais por mês para “fomentar a cultura?”. Com tamanho salário pra que trabalhar, não é mesmo?
E o exemplo recém-descoberto da deputada Jandira Feghali, do PC do B, é apenas um a mais da desonestidade implícita na pregação dos esquerdistas. Bem ao estilo de “podemos fazer qualquer coisa porque defendemos a classe oprimida”. Essa a moral das esquerdas: “podemos interromper o trafego e a livre circulação das pessoas quando a gente quiser, podemos fazer aborto quando a gente quiser, invadir propriedades, usar banheiros de sexo diferente e até mudar de sexo quando a gente quiser, podemos cagar na rua quando a gente quiser, praticar terrorismo, podemos...podemos...”.
Mais uma vez para não esquecer os esquerdistas aparentam nunca ligar pra dinheiro, apenas com o que não está no bolso deles. Para esses eles querem elevar tributos, taxar e, quando puderem, expropriar. E quando podem eles simplesmente nos roubam em fartas negociatas com empreiteiros. Agora, por exemplo, estão gritando porque as fontes do governo ameaçam secar para os ministérios. Querem mais verbas. Eles são muito artistas....
Num arranjo meramente didático, podemos distribuir a população em duas partes. Uma parte que produz e a outra que gasta. Sem muito esforço, adivinhem de qual lado estão os esquerdistas? São exímios gastadores. Gastam o dinheiro que os outros ganham porque, segundo eles, precisam praticar a justiça social, entende? Então nós temos que ganhar dinheiro (muito) para que eles possam distribuir, sacou, trouxa? Eles ficam com a imagem de bonzinhos e os outros com a de mauzinhos. Ou alguém acha que foi por engano que a ex. arrebentou com os cofres públicos e a nossa economia?
Alguns rearranjos são necessários, evidentemente, mas o sistema capitalista fabrica sua própria freguesia, produz os agentes que irão colocá-lo em movimento. Não precisa de políticas públicas populistas, distributivas e demagógicas, porque ele próprio encontra soluções (quando não atrapalhado) ao longo do tempo, de criar as condições para reproduzir o sistema. Senão, não é capitalismo. E nada disso se faz, claro, da noite pro dia. Cabe sempre lembrar (para não esquecer) que as soluções prontas e imediatistas usadas pelos políticos e ideólogos esquerdistas desembocaram no assassinato de milhões.
Mas as pessoas aprenderam, tal como papagaios, ensinados pelos ideólogos do marxismo, a dizer que o capitalismo oprime e explora as pessoas, e coisas do tipo. Então deve ser uma exploração e opressão muito boas porque é exatamente no capitalismo que estão os países com melhor qualidade de vida, onde as pessoas vivem melhor. Na verdade, o maior opressor é o estado sempre em busca de mais dinheiro para sustentar sua voraz burocracia, e os grandes oprimidos são os patrões com a quantidade de obrigações e exigências que ele tem que cumprir, toda hora, para manter seus negócios abertos. Inclusive, e sobretudo, o pequeno e médio empresário. O grande empresário ainda se ajeita de algum modo.
Pior é que os esquerdistas gastam muito mal. Sabem por quê? Simples, porque não conhecem as dificuldades de ganhar dinheiro (honestamente, claro), e como não sabem do tanto que custa produzir, não se importam em gastar, nem querem aprender. O que custa o esforço dos outros não incomoda quem só usufrui. Sabemos disso pela própria história familiar, onde os filhos que não conhecem o que custou ganhar costumam dilapidar a herança dos pais em pouco tempo. Só quem trabalha e produz sabe o sacrifício que representa construir um patrimônio, em termos de sofrimento, dedicação, tempo, e tudo o mais. A vida é dura para quem trabalha e é uma festa para quem só pensa em gastar, cantando palavras de ordem.
A solução esquerdista para a sociedade é mais ou menos assim: derrotando a iniciativa privada, eliminando as fontes de produção, o espírito empreendedor, o interesse e a vontade das pessoas de melhorar de vida, de aumentar o patrimônio por meio do trabalho, a esquerda produz a falência da sociedade onde implantam suas medidas. Daí a pobreza das sociedades socialistas, a população vivendo só com o necessário para sobreviver. Apenas os membros do partido vivem um pouco melhor, e só os líderes do partido vivem como ricos, com enormes privilégios e regalias.
Por que é tão difícil enxergar tamanhas evidências? Porque estamos em poder da crença. Além disso, a sobrecarga de culpa que a ideologia esquerdista impõe ao ambiente cultural, produz um obstáculo a mais no custoso processo de construção de riquezas.
Cabe ainda repetir que para implantar seu programa, nos países onde assumiu o poder, a esquerda instalou uma ditadura brutal. Sem a opinião contraria, só sobreviveu quem disse amém. Perto de nós, fizeram isso em Cuba, estão tentando repetir na Venezuela e aqui no Brasil. Manter a vigilância é a senha e lutar é preciso. A ex caiu, mas as esquerdas não.
(Amaury Oliveira Tavares, médico, psicanalista, autor de “O esquerdismo como patologia do sonhar”)