A propósito de estupros que têm ocorrido ultimamente, a mídia tem colocado o assunto na ribalta. De fato, o estupro é um pecado gravíssimo, passível de penas rigorosas. Isso ninguém discute.
Chama porém a atenção o fato de que o noticiário tem permanecido nos aspectos superficiais do tema, sem aprofundá-lo. Os males de uma sociedade hipersexualizada, que convida a todo tipo de infâmias contra a castidade, não são abordados. Sobretudo são silenciados a beleza intrínseca e o altíssimo valor moral da castidade, seja a castidade perfeita, seja a matrimonial.
Ora, nada mais belo do que a castidade! Defendida por dois Mandamentos da Lei de Deus – “Não pecarás contra a castidade” e “Não cobiçarás a mulher do próximo” – ela é denominada também virtude angélica, pois os que a praticam com convicção e amor se assemelham aos anjos de Deus.
Por amor à castidade deram suas vidas, nos primórdios da Igreja, figuras admiráveis, até hoje veneradas como santas e mártires.
Santa Inês
Ela havia prometido castidade perpétua e sofreu várias tentativas de violações, sempre rezando a Jesus para protegê-la. Foi denunciada como sendo cristã. Prenderam-na e a torturaram para que oferecesse sacrifícios aos deuses pagãos; e como ela recusasse, quiseram violentá-la, mas o homem que tentou esse crime foi morto por um raio.
Santa Ágatha
Filha de proeminente e nobre família siciliana, era muito bonita. Um senador romano de nome Quintianus, nomeado prefeito da região, pediu Ágatha em casamento. Quando esta recusou e ele descobriu que Ágatha era cristã, vingou-se colocando-a em um bordel, de onde a santa milagrosamente escapou incólume.
Santa Cecília
Apesar de ter feito voto de castidade, o pai quis obrigá-la a casar com um jovem patrício romano, Valeriano. Estando só com o noivo, disse-lhe Cecília com toda a amabilidade e não menos firmeza: “Valeriano, acho-me sob a proteção direta de um Anjo, que me defende e guarda minha virgindade. Não queiras, portanto, fazer coisa alguma contra mim, o que provocaria a ira de Deus contra ti”. Valeriano se converteu.
Uma virgem do século XX
Mais recentemente, temos o exemplo de Santa Maria Goretti. Ela rezava o terço todos os dias e tinha profundo horror ao pecado. A comunhão constante acrescentou nela o amor pela pureza e a animou a tomar a resolução de conservar essa angélica virtude a todo custo. Aos 12 anos de idade, assediada por um rapaz, resistiu heroicamente. Ao não conseguir a submissão da vítima, ele a amordaçou e ameaçou-a com um punhal. Maria pôs-se a tremer, mas não sucumbiu. Furioso, o jovem tentou com violência arrancar-lhe a roupa, mas Maria desatou a mordaça e gritou: “Não faças isso, que é pecado. Irás para o inferno”. Ele respondeu: “Se não deixar, eu te mato”. Ante a resistência da virgem, ele a atravessou com várias punhaladas. Era o dia 6 de julho de 1902.
Modelos que a mídia apresenta
Quantas jovens, hoje em dia, têm como modelo essas mártires da castidade?
De outro lado, quantas gostariam de se parecer com atrizes como a propagandeada Paris Hilton? Entretanto, quais são os costumes dessa atriz? Vejamos esta notícia publicada algum tempo atrás pelo portal Terrra-TV:
“A atriz, cantora e socialite Paris Hilton, contou que dorme com seu macaco, chamado Brigitte Bardot. ‘Eu durmo com meus animais, como meu bebê macaco’. [...] A socialite é dona de quatro cachorros”. (Terra TV: http://exclusivo.terra.com.br/interna/0,,OI1330818-EI1118,00.html)
Tais são as modelos que, hoje em dia, a mídia apresenta à juventude. Como estranhar que ocorram as maiores barbaridades em matéria de pureza?
(Gregorio Vivanco Lopes, advogado e colaborador da Abim)