As cadeiras da Câmara e da Prefeitura Municipal vêm sendo disputadas iguais ao velho faroeste. Depois de os candidatos terem registrados suas coligações junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), agora é hora de buscar apoio e conquistar o apreço da população. Em Goiânia, para prefeito, o duelo será feito entre sete candidatos e três em Aparecida.
Apenas nesse período, com sorriso no rosto e disposição, candidatos soam a camisa ao percorrer ruas e avenidas, comércio e industrias de diversos bairros para cumprimentar a população do município. São tapas nas costas, beijos e abraços, entre outras manifestações de carinhos tendo por objetivo sensibilizar todos. A abordagem ocorre, desde o mais humilde até o mais sofisticado cidadão.
Neste período, os candidatos conseguem tomar nota sobre as deficiências existentes pela comunidade, os quais só aumentam com o passar do dia. As mudanças ainda não são certas, mas tanto um, quanto o outro propõem ideias e projetos que visam beneficiar a todos.
Assim como em qualquer mudança, toda alteração de rotina gera desconforto, mas que com o passar do tempo, vem sendo adequado, conforme cada administração. Ao contrario dos últimos 18 anos, neste os políticos vão ter de se apressar, pois a campanha terá duração de 45 dias, em vez de 90.
Ao longo dos últimos dois anos, mudanças na lei eleitoral foram aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionadas pelo governo. Entre elas apenas financiamento de pessoas físicas, limitação de gastos. Para se ter ideia, nas eleições passadas, não havia restrições para os gastos de campanha e o valor era uma decisão dos próprios partidos políticos.
Em municípios com até 10 mil eleitores, o limite de gastos para campanha a prefeito nesta eleição será de R$ 108 mil e para vereador, de R$ 10,8 mil. No caso das cidades maiores, os candidatos a prefeito poderão gastar até 70% do valor declarado pelo candidato que mais gastou no pleito anterior, se tiver havido só um turno, e até 50% do gasto da eleição anterior se tiver havido dois turnos.
E, essas mudanças não foram as únicas, a população esta ainda mais exigente e, não é para pouco. Muitas das reivindicações que deveriam ser atendidas, foram deixadas de lado, tendo como prioridade o interesse pessoal. Além da corrupção desacerbada, outras como falta de infraestrutura de ruas e avenidas, praças também deixaram a desejar.
A insegurança também vem sendo um dos divisores de água. A população tem medo de sair de casa. Diante disso, tornam se prisioneiros, construindo fortalezas, as quais, infelizmente, não são suficientes para prevenir o contigente de armamento.
Portanto, é necessário mais que um tapinha nas costas dos eleitores para conseguir se candidatar. Pois, eles estão ainda mais exigentes, buscando seus direitos, visando melhores da coletividade e, não apenas interesse próprio, algo bem diferente que a visão dos políticos: aumentar seu poder aquisitivo.
(Acaray M. Silva, comunicador social, jornalista, pós-graduado em assessor de imprensa, cerimonialista, e-mail: [email protected])