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Três lições para o profissional tirar da Olimpíada

Maior evento esportivo do mundo, os Jogos Olímpicos recebem os olhares de bilhões de pessoas a cada quatro anos. Neste mês, atletas dos quatro cantos do planeta se reúnem no Rio de Janeiro para competir por medalhas e entrar para a história, mas não é apenas pelo espetáculo e pela emoção que merecem a nossa atenção: eles também podem nos deixar lições muito valiosas para colocarmos em prática em nossa carreira.

Confira algumas dicas que podem ser aplicadas no nosso dia a dia de trabalho:

1 – Visão de futuro: para os atletas, uma Olimpíada sempre começa quatro anos antes, logo após que a anterior termina, e eles têm uma percepção muito clara de quais são os seus objetivos. Um bom exemplo é o nadador norte-americano Michael Phelps, que, antes dos Jogos de Pequim, em 2008, declarou que a sua meta era conquistar oito medalhas de ouro, pois o recordista anterior em um único evento, o seu compatriota Mark Spitz, tinha sete. Ou seja, Phelps foi específico em sua visão.

Mas o que podemos aprender com isso? Todo profissional, independentemente do ramo de atuação, precisa ter a sua própria visão de futuro, precisa traçar um plano de carreira para definir aonde pretende estar em um, cinco ou dez anos. E isso não depende apenas da empresa, mas, principalmente, do profissional. Afinal, se você não souber o que deseja, como vai alcançar suas metas?

2 – Equilíbrio emocional: é a tal “inteligência emocional”. Todos os atletas treinam muito e alguns deles chegam com chances iguais de subir ao pódio, mas o que será que faz a diferença para conquistar a tão desejada medalha de ouro? Certamente, é a forma como lidam com a emoção no momento decisivo.

Os atletas europeus, por exemplo, são vistos como “pessoas frias”, mas, na verdade, são mais concentrados e treinados no ponto de vista emocional. Quando tudo está bem, conseguimos ter ideias criativas, e os pensamentos bons fluem.

É isso que os atletas nos ensinam o tempo todo: precisamos ter inteligência emocional para lidar com os momentos de pressão e de crise. Assim como nas competições, o ambiente corporativo oferece técnicas e treinamentos semelhantes, porém uns “tropeçam” por falta de autocontrole, enquanto outros se superam para conquistar o sucesso.

3 – Disciplina: não adianta nada ter uma visão de futuro se não tiver disciplina para fazer acontecer. Ter concentração significa saber lidar com os fatos difíceis, pragmáticos e com a realidade. É fazer o sacrifício que for necessário para alcançar a meta. Cada atleta, durante quatro anos antes de uma Olimpíada, treina em média oito horas por dia – alguns treinam muito mais. Um dia sem treino é um segundo, um golpe ou um ponto para longe da medalha. Muitas pessoas desejam o sucesso profissional, mas não correm atrás de seus objetivos. Como disse Aristóteles, o grande filósofo grego, “nós somos o que repetidamente fazemos. Excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”.

Ouça os conselhos de Aristóteles, se inspire na dedicação de Phelps e procure fazer tudo de forma excelente todos os dias. Assim como uma medalha de ouro, o sucesso no mundo corporativo não surge do nada, é preciso muita inspiração e, principalmente, transpiração.

(Daniela do Lago, coach de carreira, palestrante, professora dos cursos de MBA da Fundação Getúlio Vargas nas disciplinas de Gestão de Pessoas, Comportamento Organizacional, Comunicação e Relacionamento Interpessoal e escritora. Em 2014 lançou o livro “Despertar Profissional”, pela Editora Integrare, que contém dicas práticas de comportamento no trabalho)

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