“O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade.” O autor desta frase é o estadista britânico Winston Churchill, que foi ministro da Guerra, da Aeronáutica e primeiro-ministro da Inglaterra. Eu, principalmente enquanto prefeito de Córrego do Ouro, me incluo na segunda categoria de pessoas. E meu otimismo, asseguro com toda certeza, não anda nas nuvens. Meu otimismo tem os pés no chão.
Sou consciente da grave econômica em que vive o Brasil, cujas consequências atingem principalmente os pequenos municípios, que é o caso do que administro. Isso devido ao fato desses municípios não terem receita própria. O senador Wilder Morais, que é presidente estadual do Partido Progressista e o preside eficientemente, do qual honrosamente faço parte, disse, algum tempo atrás na Tribuna do Senado, quando o país ainda era presidido por Dilma Rousseff, algo que cito abaixo.
Em seu discurso, Wilder apresentou uma saída para que realmente ocorra uma grande transformação desenvolvimentista no país: “Somente a criação de um novo pacto federativo pode realmente tirar os municípios da crise econômica em que se encontram, sobretudo os que não são autossuficientes, que é a grande maioria. Os recursos precisam ser compartilhados de maneira mais eficiente de modo que o bolo tributário tenha um viés cooperativo e atenda todos os entes da Federação satisfatoriamente”.
A situação financeira de Córrego do Ouro não está nada fácil. Mas não vou fugir da responsabilidade a mim confiada nas eleições do ano passado. Vou buscar oportunidades nas dificuldades. Tenho procurado dinamizar minha gestão, adequando os gastos da prefeitura ao pequeno volume de recurso que entra para o cofre municipal. Inclusive tenho feito mais: procurado os parlamentares verdadeiramente envolvidos com o desenvolvimento de Córrego do Ouro. Tenho buscado emendas parlamentares e convênios estaduais e federais. O senador Wilder, por exemplo, é um parlamentar que tem demonstrado na prática ser um grande amigo de nosso município: nos destinando emendas. Na verdade, isso é uma característica normal do senador para com os todos os municípios, independentemente da cor partidária dos prefeitos que o procuram. Isso é algo muito louvável.
O Congresso deve se debruçar sobre a necessidade urgente de se realizar um novo pacto federativo, como justificou Wilder. Não é justo fazer os prefeitos de pequenas cidades ficarem de pires nas mãos em busca de recursos, que são deles de direito. São nos municípios que os problemas de todas ordens acontecem; sendo assim, se faz necessário as pequenas prefeituras terem um volume maior de recursos para sanar esses problemas.
(Murilo César é prefeito do município Córrego do Ouro)