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OPINIÃO

Contrariando a finalidade da criação

Com efei­to con­ta-nos o Gê­nes­es  (1º li­vro do pen­ta­teu­co) que Deus cri­ou o mun­do com to­da sua har­mo­nia, plan­tas, rios, o cos­mo e   os ani­mais ir­ra­ci­o­nais. Veio en­fim o ho­mem, cri­a­do por Deus  à sua ima­gem e se­me­lhan­ça. Con­tam-nos tam­bém al­gu­mas fá­bu­las e len­das que o di­a­bo, fez uma imi­ta­ção do ho­mem. Mas, co­mo não che­gou a uma có­pia per­fei­ta, se ir­ri­tou e deu um bi­co e sa­fa­não na sua cri­a­ção. Daí es­sa sua ten­ta­ti­va de imi­ta­ção saiu com im­per­fei­çoes, com mui­tos ví­ci­os, al­gu­mas de­for­ma­ções de ana­to­mia, de ín­do­le, de von­ta­de e de ca­rá­ter. Tem-se aí a ban­da po­dre do que se­ja hu­ma­no.

En­fim o que se faz aqui é ape­nas uma re­pe­ti­ção e re­con­ta­gem  do que nos traz a sa­be­do­ria po­pu­lar. É o que se ou­ve na bo­ca do vul­go. O que te­nho co­mo con­cep­ção e con­vic­ção, cris­tão e fi­el a Deus co­mo sou, por edu­ca­ção de ber­ço, di­fe­re no que di­zem as cren­ças, o fol­clo­re e tra­di­ção do fol­clo­re  e da ple­be.

Is­to no que con­cer­ne a cri­a­ção do ho­mem e seus de­síg­nios, fun­ções e de­si­de­ra­to. Re­al­ce-se e  ten­do to­dos co­mo pes­so­as pen­san­tes. Eu aqui que­ro per­mi­tir uma trans­mu­ta­ção e con­sig­na­ção , da­ta vê­nia ao cri­a­dor, ten­tar ler qua­is fo­ram seus ob­je­ti­vos e pro­je­tos da cri­a­ção hu­ma­na.

Sal­vo ju­í­zo mais di­vi­no ou so­bre­na­tu­ral; ter­mi­na­da a sua obra, fei­to o aca­ba­men­to da cri­a­ção do ho­mem (gê­ne­ro hu­ma­no), o que fez o cri­a­dor? Deus re­u­niu seu con­se­lho an­ge­li­cal com­pos­to de Deu­ses Me­no­res, an­jos e que­ru­bins e en­tão de­li­be­ra­ram. Fi­ca en­tão as­sen­ta­do em ata que fin­dou-se a cri­a­ção do ho­mem. Com as di­re­tri­zes e nor­mas a se­guir:

Tal  cri­a­tu­ra foi do­ta­da da ra­zão que lhe ca­rac­te­ri­za; da in­te­li­gên­cia e pen­sa­men­to que o dis­tin­guem dos de­mais ani­mais; de li­ber­da­de e li­vre-ar­bí­trio. To­da­via, fi­cam-lhe co­mo obri­ga­ções  mai­o­res pro­mo­ver a edu­ca­ção de sua des­cen­dên­cia, pro­te­ger as cri­an­ças e os ido­sos, cul­ti­var e flo­res­tar o pla­ne­ta, não rou­bar, não cor­rom­per, pra­ti­car a ho­nes­ti­da­de, não vi­ver às ex­pen­sas do ou­tro co­mo pa­ra­si­ta; cul­ti­var e pra­ti­car a vir­tu­de e vi­ver com es­ti­lo éti­co e mo­ral. Co­mo des­ta­que es­ses dois itens, não vi­ver pa­ra­si­tan­do ou­tra pes­soa ou en­ti­da­de qual­quer( INSS por exem­plo)  e tra­ba­lhar pa­ra o pró­prio sus­ten­to.

To­do es­se es­ta­tu­to de ati­tu­des, de com­por­ta­men­to e pos­tu­ra foi de­cla­ra­do na su­po­si­ção de que o gê­ne­ro hu­ma­no eter­na­men­te vi­ves­se no bem-bom lá nos cam­pos elí­si­os, nas bu­có­li­cas pai­sa­gens do Éden. Mas, en­tão eis que a hu­ma­ni­da­de em unís­so­no sa­be o que fez a ser­pen­te com sua elu­si­va per­fí­dia e es­cu­sas in­ten­ções. E tam­bém  na es­par­re­la em que caiu o bi­cho ho­mem, con­si­de­ra­do o mais in­te­li­gen­te de to­do o uni­ver­so. Ima­gi­ne se não fos­se!

Após tal acon­te­ci­do viu-se Deus na con­tin­gên­cia de emen­dar o seu es­ta­tu­to des­ti­na­do às su­as cri­a­tu­ras.  ” Co­mo vós co­me­tes­tes o pe­ca­do ori­gi­nal, o pe­ca­do da in­fi­de­li­da­de e in­con­fi­dên­cia, to­dos te­rão que tra­ba­lhar pa­ra vos­sa sub­sis­tên­cia, vi­ve­reis do la­bor, do es­for­ço fí­si­co  e do su­or de vos­sos ros­tos. Até co­mer do pão que com o ra­bo amas­sou o de­ca­í­do” .

No iní­cio da cri­a­ção tu­do ca­mi­nha­va con­for­me o tex­to es­cri­to (o script) do Cri­a­dor. O ho­mem ini­ciou por vi­ver co­mo um sil­ví­co­la, a se sus­ten­tar com o ex­tra­ti­vis­mo ve­ge­tal e aba­te de ani­mais. Ver­da­de que vol­ta e meia se in­ver­tia a re­la­ção de con­su­mo por­que de pre­da­dor e ca­ça­dor o su­jei­to  vi­ra­va pre­sa e re­fei­ção  das gran­des fe­ras. E as­sim fo­ram-se apri­mo­ran­do os mei­os de sub­sis­tên­cia. Vi­e­ram pri­mei­ro as fer­ra­men­tas rús­ti­cas, de­pois a en­xa­da, a foi­ce, o ma­cha­do e até a pá na cons­tru­ção das mo­ra­di­as. Mas, nes­se Pa-da­qui, pa-da­li pa-de cá pa-de lá   foi que se deu a tal da pre­da­ção. O cer­to é que o ho­mem (fa­lo do ho­mem e da mu­lher) trans­gre­diu por in­tei­ro o es­ta­tu­to das bo­as ações.

Ana­li­san­do o que se vê ho­je, cor­re­mos o ris­co de ex­tin­ção. Is­to por­que mui­tos ani­mais e plan­tas já vem de mui­tos anos num pro­gres­so de ex­tin­ção. Bas­ta so­bre­vo­ar a Ama­zô­nia. Quan­do se olha, es­tan­do no avi­ão, lá de ci­ma do fir­ma­men­to se cons­ta­ta : quan­tas cla­rei­ras e ou­tros tre­chos em com­ple­to des­ma­ta­men­to.

E quan­do se che­ga nas ques­tões da edu­ca­ção e cri­a­ção da des­cen­dên­cia?  Há uma de­grin­go­la­da sem ta­ma­nho. Pa­re­ce que nes­ses gue­tos, pa­ri pas­sou, te­mos per­di­do o que pri­mi­ti­va­men­te cha­ma­vam de ra­zão e in­te­li­gên­cia. E a re­gra de tra­ba­lhar e su­ar a ca­mi­sa pa­ra a pró­pria sub­sis­tên­cia?  Que fra­cas­so de­ve­rá sen­tir o san­to Deus com tan­ta trans­gres­são. O que há de gen­te ma­man­do nas te­tas do Es­ta­do e da Pre­vi­dên­cia So­ci­al, o tal INSS,  não es­tá es­cri­to em ne­nhum es­ta­tu­to.

E o que é pi­or e me­lan­có­li­co, tem gen­te no­va, gua­pa e bem nu­tri­da que vi­ve co­mo pa­ra­si­to às cus­tas de mi­se­rá­veis es­ti­pên­di­os de pa­is e ou­tros pa­ren­tes. E não são pou­cas as es­ta­tís­ti­cas tais. Que hor­rí­vel!  São re­a­li­da­des de en­tris­te­cer até o Cri­a­dor. Meus Deus do Céu. Não faz tan­to tem­po que o nos­so acre­di­ta­do IB­GE, fez uma vas­ta com­pi­la­ção . Nes­ses da­dos cen­si­tá­rios, fi­ca­ram  com­pu­ta­das, le­vas e le­vas de gen­te que le­va a vi­da no bem-bom, co­mo se não hou­ves­se o ama­nhã. De­ram-lhe até no­me. Es­ses tais in­te­gran­tes, em fun­ção do com­por­ta­men­to re­ce­be­ram até um tí­tu­lo , nem-nem-nem . São os que nem tra­ba­lham, nem es­tu­dam, nem in­te­res­se têm pa­ra qual­quer ati­vi­da­de.  Mui­tos vi­vem de me­sa­da de fa­mí­lia, pen­sões da Pre­vi­dên­cia ou bol­sas es­mo­las do­a­das pe­lo Go­ver­no. Po­de até so­ar es­tra­nho , mas que o di­a­bo tem sua co­ta de par­ti­ci­pa­ção, não so­bre­pai­ra ne­nhu­ma dú­vi­da.    De­zem­bro /2017.

(Jo­ão Jo­a­quim, mé­di­co e ar­ti­cu­lis­ta DM   fa­ce­bo­ok/ jo­ão jo­a­quim de oli­vei­ra  www.drjo­ao­jo­a­quim.blog­spot.com - What­sApp (62)98224-8810)

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