A NASA, a Agencia Aeroespacial Americana, certamente, estará em “grande festa” no próximo natal. Serão 50 anos do primeiro voo para à Lua; naquela noite de 24 de dezembro de 2018. Neste natal a festa, salvo se a atual política intervir, as comemorações serão mais modestas... Afinal, são apenas 49 anos do voo histórico da Apollo 8, primeira nave espacial a fazer a circunavegação da Lua com humanos a bordo, que a dirigiram, fizeram testes e fotografias; o que viabilizou o pouso Lunar, em apenas 6 meses. Aquela histórica missão teve, não apenas consequências políticas; gerou processos judicias contra a NASA e seus “heróis do espaço”; ocasionou polemicas e novas “lendas urbanas”.
Na véspera do Natal de 2018, quando o histórico voo, completar a “data redonda”, setores da imprensa lhe darão destaque, não apenas por seu pioneirismo: impulsionados pelo enorme foguete Saturno V, aquela Nave Apollo, foi a primeira a romper a orbita terrestre e dirigir-se para a Lua. Perfazendo 10 orbitas completas, em pouco mais de 2 horas. Quando extraordinárias coisas ocorreram: as faces da lua seriam realmente registradas por olhar humano e, igualmente, nosso planeta na famosa e preferida, pelos ecologistas, a “Earthise” (Terra Nascente): “fomos para a Lua e descobrimos a Terra com sua beleza e fragilidade” – como declarou o astronauta fotografo. Aquela primeira circunavegação da Lua, conhecida, com humanos a bordo, quebrava todos os recordes de velocidade, distância e superação das anteriores “naves robôs”, tanto dos russos como as da NASA.
Foi um voo duplamente perigoso, porque fora antecipado em 3 meses; devido um relatoria da CIA, que equivocadamente, previra que os soviéticos, novamente, superariam os americanos. Fariam a primeira missão tripulada à orbitar a Lua: os russos tinham lançados foguetes e colocado o homem no espaço antes dos americanos, igualmente suas naves robôs foram pioneiras em orbita Lua e nela alunarem. O perigo, por esta trimestral antecipação era: a Apollo viajou para a órbita sem o “Modulo Lunar” estar pronto, o modulo não era apenas para pousa - algo que não ocorreria naquela missão – o modulo em caso de acidente no espaço, proporcionaria refúgio, reserva de suprimentos, fonte de energia e foguetes sobressalentes. Foi o Modulo que salvou os astronautas da acidentada Apollo 13.
Aquela foi uma vitória na “Corrida Espacial”, uma escaramuça da “Guerra Fria”; a NASA programou e calculou, como presente de Natal para os americanos e seus aliados... Articular aquelas órbitas com a Ceia de Natal, conforme horário de Washington, foi só parte do “pacote natalino”: de forma inédita, até então, satélites e torres de retransmissão de TV pelo mundo todo. A câmara de TV, ao vivo, em tempo real, filmaria a LUA pela escotilha da Nave. Os astronautas deveriam estar preparados para dizer algo apropriado para o momento... Esta teria sido a única recomendação... Nenhuma outra recomendação teria sido feita, muito menos uma solicitação. Então, numa das últimas órbitas, os três astronautas começaram a transmitir:
- Astronauta William Anders: "Agora nos aproximamos do nascer do sol lunar, e para todas as pessoas de volta à Terra, a equipe do Apollo 8 tem uma mensagem que gostaríamos de enviar para todos vocês". "No princípio, Deus criou o céu e a terra. E a terra estava sem forma e vazia; e a escuridão estava no rosto do fundo. E o Espírito de Deus se moveu sobre o rosto das águas. E disse Deus: que haja luz; e houve luz. E Deus viu a luz, que era bom; e Deus dividiu a luz das trevas.
- Astronauta James Lovell: "E Deus chamou o Dia de luz, e a escuridão que ele chamou de Noite. E a noite e a manhã foram o primeiro dia. E disse Deus: haja um firmamento no meio das águas, e dívida as águas das águas. E Deus fez o firmamento, e dividiu as águas que estavam sob o firmamento das águas que estavam acima do firmamento; e assim era. E Deus chamou o cérebro do firmamento. E a noite e a manhã foram o segundo dia. "
- Comandante Frank Borman: "E disse Deus: As águas debaixo do céu se ajuntem em um só lugar, e a terra seca apareça, e foi assim. E Deus chamou a terra seca Terra; e o encontro das águas chamou Mares: e Deus viu que era bom ". "E da tripulação de Apollo 8, fechamos com boa noite, boa sorte,um Merry Christma’s (Feliz Natal) - e Deus abençoe todos vocês, todos vocês na boa Terra".
Terminada a transmissão de TV, pouco tempo, ao completar a decima e última órbita. James Lovell, ao ligar os foguetes em direção a Terra, num arrobo, transmitiu para os operadores em terra e os rádios amadores e rádio espiões: “Estejam avisados que Sant Claus (papai Noel Existe!).
Aquela Nave, que decolara no dia 21, reentrou na nossa atmosfera no dia 27, naquele dezembro. Festejarão, em terra, como os demais mortais, o Réveillon de 1969. Ano que com a NASA responderiam na justiça, pelos “fatos e responsabilidades” ocorridos na órbita de nossa Lua - que esperamos não ser de mais “ninguém” - Crime Triplamente Qualificado, acusavam alguns: por ter ocorrido na Noite de Natal, na órbita lunar, na mais importante Missão Espacial; com tudo que isto poderia significar, diferentemente, para alguns e para outros.
Oque mais, teria contribuído para Madalyn Murray O’Hair discordar? Então, presidenta fundadora da “Associação Nacional dos Ateístas Americanos”. Editora da “Revista de Ateísmo da América”, publicação de importância nacional. Seria apenas a leitura da Bíblia? Apenas os 10 primeiros versículos de Genesis, no verso do plano de voo, manuscritos antes de subirem no foguete Saturno V, embarcando numa das Naves Apollo - homônimo dos antigos deuses romanos, da Antiga Mitologia Greco/Romana – Ou o “desejar que Deus os abençoe”, dito pelo comandante Frank Borman? Que tinha o “cargo” de leitor bíblico na sua denominação protestante. Ou o ecumenismo daquela tripulação de 2 protestantes e 1 católico; a maioria deles não avessos ao diálogo inter-religioso.
Quando o “Modulo Lunar” da APOLLO 11, alunou, em 19 de julho de 1969. Tudo foi televisionado, exceto Guz Aldrin, o segundo homem que pisaria na Lua, tomando a “Santa Ceia”, antes de vestir o traje espacial e sair para a superfície. Os elementos da “comunhão” lhe foi dado na Primeira Igreja Presbiteriana de Boston. Em conivência, com os operadores de solo, ele aproveitou a breve interrupção do sinal. Naqueles dias, a NASA ainda estava sob judice; acusada de violar a Constituição que garantia a separação do Estado da Religião. Na imprensa, o debate foi que estavam se apropriando do Programa Espacial para fundamentalismo cristão. Faziam acusações, contra um suposto grupo de fanáticos, que envolveria alguns astronautas, cientistas e diretores...
Alguns astronautas eram cristãos. Havia um cientistas antigo da Agencia que tinha sua “carteirinha” de Pregador Pentecostal. Assim como, no antigo Laboratório de Jato Propulsão, anterior a própria NASA, seu cientista chefe e fundador do mesmo, foi Jack Parsons. Que não era só especialista de combustível e engenheiro de foguetes: como sacerdote do “ORDOS TEMPLI ORIENTI” de Los Angeles, sua preocupação foi tentar renascer as antigas religiões pagãs. Não há provas, mas comentavam que dele havia sido a iniciativa de batizar os foguetes e Naves com nomes mitológicos. Houve quem influenciando-se pela contra cultura, advogaram que as viagens espaciais ensejariam uma “espiritualidade cósmica”. Mas Von Braun, com certeza, era mais do gosto e do apetite se as coisas durassem e esquentassem. A presidenta e alguns de sua Associação eram pró URSS.
Von Braun, para muitos, o pai do “Programa Espacial Americano”; era diretor de grande importância da Agencia. Já na melhor idade, reconciliara-se com sua fé familiar de infância. Comentava que na juventude andava numa carruagem de pagãos. Tornou-se com o passar dos anos um fervoroso luterano. Participava dos “Congressos da Igreja Luterana Americana” recebido como missionário. Por seu passado político e discurso de fé; estaria na “alça de mira”. Para não pôr “mais lenha na fogueira”, não foi proibido mas pediu-se discrição “nos ato de fé no espaço”.
A Suprema Corte, que em 1963, por pedido de Madalyn, banira as orações e leituras bíblicas nas escolas públicas; daquela vez, em 1969, declarou “não ter jurisdição no espaço”. Será esta uma decisão ou parecer válida no Séc. XXI. Quando estamos quase visualizando uma nova “Corrida Espacial”, com novos protagonistas e atores? Quanto aos terráqueos, tanto os de fé e os que não têm fé; aqueles que optam por uma Sinergia Ciência e a Espiritualidade... Sabem que uma possível “Nova Guerra Fria” pode não de ideologias políticas ou conflitos entre Super Potencias? As partes podem não serem de um ou outro lado da “Cortina de Ferro ou de Bambu”?
No mundo atual, há perigos mais terríveis, que a radical leitura bíblica e o Papai Noel, naquela órbita da APOLLO 8. Será “1968: O Ano que não Acabou”. O século XX acabou e o Século XXI. O Globo terrestre, pretensamente unido nos Meridianos e paralelos... Pode ficar muito parecido com o Século (X)XI.
Posteriormente, em diversas entrevistas, principalmente, nas “datas redondas”, responderam sobre o que de fato ocorreu: Frank Borman, sempre disse que fizeram muito barulho por nada, um equívoco... Ele teria sugerido o texto, por ser em essência, a base de quase todas as regiões do Mundo: “que a Terra e o Universo são criações. Não surgiram por acaso e por nada”. Jim Lovell, apoiou a sugestão de texto, vendo-o como generalizante a todos. Teria acrescentado, em favor da conveniência: “A grande maioria dos habitantes da Terra não são cristãos- aquele texto servia”. Anders, no futuro sempre lembraria, que a mensagem foi clara: “A todos os habitantes da boa Terra”. Fez coro, aqueles que sempre lembraram, que aquilo “o todos”, deveria ser mais significativos naqueles anos de “Guerra do Vietnan”, luta dos negros pelos direitos civis, assassinatos políticos, “Guerra Fria”, perigo de “Guerra Nuclear”, etc... Outros já lembraram que Frank Borman, não fora apenas um garoto “vidrado” em aviação aos 15 anos, fora da Ordem DeMoley, organização para maçônica, que têm claro a igualdade de todos. Não fazendo discriminações de raça ou religião; isto deveria lhe dar um voto de confiança. Numa entrevista, o ex comandante, afirmou que se fosse “homem do partido” teria dito frases em homenagens a Lenin, Marx e o Comitê Central... - Ele estava perdendo a esportiva - com isto fica evidente, que a frase dita pelo primeiro a ir ao Espaço, o cosmonauta Yuri Gagari: “Fui ao Céu, a Terra é Azul, não vi deus”. Frase que com a letra minúscula foi posta no “Museu da Religião e do Ateísmo de Moscou”; em evidencia da conotação pró ateísmo do programa russo; era-lhes uma das motivações.
A NASA, conforme “acusações” da “Agencia Nacional de Segurança”, sempre foi a mais desnacionaliza das Agencias, desde sua origem e Pré – Origem - Laboratório de Jato Propulsão que atualmente cuida das sondas no Espaço - sempre teve as mais variadas culturas e nacionalidades em seu corredores e laboratórios.
Quem conhece as origens da “Astronáutica Moderna”, sabe que houve um pouco de: religiosidade, misticismo e esoterismo. Alguns, até “acham”, que o velho e rigoroso luterano, quando jovem cientista de foguetes na sua Alemanha, conheceu nos anos 20, as ideias da Sociedade de Thule, Maria Orsic, Força Vril, etc... Calunias dos mesmos que inventaram que ele teria “enchido a cara”, nas comemorações do pouso da NASA na Lua e declarado: “Sempre mirei nas estrelas, mas errava acertando Londres”.
Muitas foram as naves Apollo e diversa outras que observaram, filmaram e fotografaram as estranhas aparições e formações no espaço. A ponto de um, dos muitos astronautas, que falaram sobre isto, declarar: “Aquilo se tornou parte do nosso dia a dia”. Mas, a missão de 21 a 27/12/1968, Ufologicamente, foi uma exceção. Creio incorreto, quando ufologistas e teóricos da conspiração, dizem que “Papai Noel” era código para ET.
Talvez ou provavelmente, os “Centros de Altíssima Tecnologia” e as “Pesquisas Tecnologicamente Futuristas”, não sejam tão “pasteurizadas” como se ensina nas escolas. Da NASA daqueles dias e da Apollo 8, ficou a subliminar declaração: “FELIZ NATAL PARA TODOS E PAPAI NOEL EXISTE”
(Kleber William Waleriano, formado em História, pós-graduação e Aperfeiçoamento: Interdisciplinaridade e Teoria das Inteligências Múltiplas. Ex-sindicalista e escritor. Contato: or[email protected])