A vida do homem sobre a face da Terra é breve... Parece que foi ontem que me diplomei em Engenharia Agronômica, e em outubro vindouro completarei setenta anos de idade... O tempo teima em parecer voar, cada ano mais rápido que o anterior.
E é incrível constatar o quanto as pessoas não se adaptam a felicidade. Alguns se esforçam para ser infelizes, e amam tornar a vida dos outros um inferno. Parece uma piada, entretanto este proceder é mais comum do que supomos.
Há muitos casais com sérias dificuldades de relacionamentos, e conheço pessoas que preferem fazer de seus lares um octógono de UFC, antes de um pedacinho do céu... É só combate e rixas. Encrencas e safanões...
Há cristãos que conhecem profundamente a Palavra, e não conseguem viver aquilo que é plano de Deus em suas vidas... Elas não conseguem viver em amor, e em cumplicidade... Elas não se adaptam em viver felizes.
Elas negam-se um ao outro. Elas não dão o braço a torcer... Elas não perdoam falhas do cônjuge... E mantêm-se duronas e insensíveis.
Tanto o homem quanto a mulher só se adaptam nas coisas que possuem real interesse. Fora disso, elas não mudam seus posicionamentos, e seguem com suas atitudes tolas e pouco inteligentes.
A vida é breve. Principalmente por isso é preciso viver feliz, e ter uma vida em abundância... Jesus Cristo veio para nos resgatar, mas também para que tivéssemos uma vida feliz e em abundância, conforme podemos ler em João 10:10.
A questão primordial é: Como alguém pode lutar para não ser feliz? Como alguém pode ser bobo a este ponto?
É inacreditável, não obstante essas pessoas estão por aí... Mais próximas do que imaginamos... E elas não cedem essencialmente porque desconhecem a nobreza de perdoar. Quem não perdoa é orgulhoso!
Jesus ensinou que não devemos perdoar sete vezes, mas sim setenta vezes sete, isto é, devemos perdoar sempre, aquele que nos feriu e que reconhece o seu erro.
Quem somos nós para não liberar perdão? Que tipo de cristão é esse que não libera perdão? Quem não libera perdão não pode estar próximo de Deus, e por óbvio não pode ter intimidade com Ele.
Por outro lado, há pessoas que vivem felizes sem motivo nenhum. Segundo Carlos Drumond de Andrade, aquele que consegue ser feliz sem motivo algum, este vive o ápice da felicidade. E o que eu sei é que Deus nos quer felizes... Sob qualquer circunstância, Deus nos quer felizes e entusiasmados, sempre!
Nós precisamos ver o próximo com os olhos de Deus, isto é, precisamos ser mais perceptivos, mais antenados, mais carinhosos. Sobretudo, precisamos nos colocar no lugar daquele com que temos relacionamentos difíceis.
Precisamos aprender a amar sem medidas!
O rei Salomão escreveu o livro de Eclesiastes, uma pequena parte do Velho Testamento. No seu tempo, Salomão foi o homem mais rico, mais poderoso, mais sábio de toda a Terra, e no capítulo 8, versículo 15, ele nos diz: “Eu exultei a alegria porque para o homem, nenhuma coisa há melhor debaixo do sol, do que comer, beber e alegrar-se”.
Prezado que me lê, compreenda que nossa felicidade começa a partir do momento que reconhecemos os pequenos fracassos. É imperioso ponderar onde aconteceu o erro, ou a falha que determinou o fracasso. E mudar os procedimentos para obter o resultado desejável.
Todavia, há pessoas que nunca mudam... Neste caso, convém refletir ainda no capítulo 8 de Eclesiastes, onde Salomão aconselha que precisamos desfrutar do melhor desta terra. Devemos desfrutar do melhor que esta vida pode nos proporcionar, e este é desejo de Deus, o qual criou tudo para nosso desfrute.
Desfrute o amor de seu cônjuge com a intensidade que seu amor permite. Desfrute a alegria de seu lar com intensidade e prazer. Pois tudo é maravilhoso se você for grato a Deus pelo que possui. De novo, ame sem medidas. Doe-se até doer...
Em Salmos 37:4, há uma pérola: “Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração”.
Observe, querido leitor, se nós nos deleitarmos em Deus, tudo será maravilhoso em nossa vida.
Sejamos, pois, gratos a Deus, por tudo aquilo que estamos vivendo agora... Adapte-se, porque isso servirá para tudo em sua vida futura.
Com carinho.
(João Antonio Pagliosa. Engenheiro Agrônomo)