“Manhã fria, pede leite quente! Tarde quente, pede cerveja gelada! Noite morna, pede a pessoa amada!”. A rima é obsoleta. Mas... retomando ao leite. Não dá para engolir o desapego, o despreparo, a falta de empatia, inseridos na cultura de alguns empreendimentos. Cito cafeterias e padarias. Mais que necessidade orgânica, o lanche matinal é costume, quase um rito. O diferenciador competitivo, aponta para o atendimento de excelência. Convivi nas rodas de comerciantes, funcionários públicos, aposentados, fazendeiros, todos ‘fiéis’, nas manhãs, no Café Central. Recanto de clima extremamente agradável. Na rua 7, em Goiânia.
Empatia com o consumidor, faz-se preponderante. Como é imprescindível ter um plano de negócios atualizado, que seja vivo. Por que o "pingado" tem 10 segundos de micro-ondas, para todos os clientes?! Na Cafeteria que frequentei por dois dias, em Belo Horizonte, vi o proprietário se gabar, alegando que por medida de racionamento de energia elétrica, recomenda a seus empregados esse período de tempo, desconsiderando exceções.
Na atividade de representante comercial, viajo bastante pelo Brasil. No mês passado, hospedei-me em frente a rodoviária de Curitiba, em local que não oferece café da manhã. A menos de cinco metros da recepção, existe uma deliciosa cafeteria, creio que seja do mesmo dono do hotel. O trato educado, a aconchegância simples e a customização me conquistaram. Quando não consigo reservar vaga nas proximidades, hospedo-me a 400 metros dali, em um estabelecimento que oferece farto e variado "quebra jejum", que não me atrai. Então, realizo resignadamente a caminhada até o “Lord do Café”. Lá me sinto uma very important personality... às vezes até um ídolo teen. O pingado pelando na boca, como gosto!
Quente, morno, frio são sensações relativas. Precisamos priorizar o que nos acrescenta, e algo feito para nós, como gostamos, nos faz bem. A visão empreendedora e de liderança faz com que o valor de mercado de uma empresa, seja superior, a seu valor contábil!
(Ronaldo Marinho, escritor e gestor)