Questionamento pertinente, leitor, mormente, no agora, ano de eleições em todo o país, para renovar, renovar sim senhor, a alternância, troca daqueles que estão mamando, nas tetas do erário público, Estado, há bastante tempo, agravada pela gama de corruptos, constitui imperativo. De forma que, nenhum cidadão a ela se pode fugir, fazendo, mesmo, campanha para a oxigenação da democracia, democracia, ora, um tanto desacreditada por culpa máxima culpa deles. Deles e de todos os 80 milhões de eleitores habilitados a votar nas eleições, deste ano. Entretanto, para que você seja coerente com a lídima cidadania, além de votar, de forma consciente, abjurando o voto de cabresto, voto de compadrio, mercantilizado, subserviente leniente, terá que fazer corrente, formar opinião. O que vem a ser isto? Ora, você conversa com seu, sua amiga, induzindo um e outra, a que converse com toda sorte de pessoas conhecidas, e, mesmo, desconhecidas, incentivando, tanto as boas pessoas a se candidatarem, como aos eleitores a escolherem melhor os candidatos, representantes, seja para o poder executivo, seja para o poder legislativo.
Oxalá, você acredite! Não obstante, acreditando ou não, naquela Corte, creio, mais alta Corte, senão, a mais numerosa em torno da metade, embora não esteja imiscuída no processo de corrupção, também, sendo numerosa não mobiliza o Congresso contra tamanha sujeira. Assim, poderia, muito adequadamente, ser batizada de bancada do sossego, bancada da tolerância, bancada dos que ao fazerem ouvido mouco aos corruptos e corruptores, consentem, dessa forma, constitui peso morto, na luta contra tamanha pouca vergonha, decorrente da falta de ética na política. A tolerância, indiferentismo dela, bancada dos omissos, sossego, mascara, desacredita a imagem da república, tanto no âmbito interno, como lá fora, comunidade internacional. Ínclita bancada, será que realmente é? Mesmo sendo, poderia ser dispensada, sem nenhum debaque que venha ofuscar a imagem da nação. Ao contrário, elevaria a imagem do Congresso, à altura, tornando-o bem visto perante o mundo, podendo vir a ser admirado, pelas gerações do amanhã.
Aliás, a sociedade brasileira poderia, ela que paga a conta, tudo sustenta financeiramente, de forma altiva, patriótica, em gesto singular, reduzi-lo, a metade, como nos EUA. Embora, maior república do planeta, tem ele, EUA, um Congresso proporcionalmente, ao número de habitantes, à metade, rebaixando, o nosso, de 513 para 256 deputados, Senadores, de 3 para dois, por estado e DF. De modo que, sublimada, pela operação Lava Jato, continuada por campanha de moralização nacional, conquistaria o status de qualidade, desse modo, admiração das novas gerações. A redução, extremamente patriótica, além de ajudar a equilibrar as finanças, o Estado encontra-se, em insolvência, economizaria verbas no âmbito nacional, estadual e municipal, que daria para robustecer, qualificar a educação, saúde e segurança. Quem sabe, na educação, um Big Fundo, destinado a integrar o menor abandonado, menino de rua, na corrente de progresso do país. Emancipá-lo, de fato, e não de conversa, como o discurso demagogo do ex-presidente Lula, na conferência de Milão, onde, em mais hedionda verborreia, alegava ter acabado com a fome no Brasil, tendo como instrumento, cavalo de batalha, seu programa “Fome Zero” reproduzido, na íntegra, na época, pela revista Veja.
Para fazer o estado funcionar bem, aproximar, em especial, da excelência, a sociedade mantenedora, que paga a conta dos governantes, tem que começar, por meio de dispositivo especial, dotado de vontade, vontade, um tanto soberana, de que fala Hanna Arendt, associada a de Rousseau, privativa do cidadão, na atualidade, cidadã, também, terá que criar meios especiais destinados a controlá-los, tornando a política, instrumento, ferramenta, dispositivo, capaz de fazer, dito estado, funcionar, funcionar mesmo! Realizando o bem-estar de toda a família brasileira, punindo, ao mesmo tempo, todo político perdulário, lobo em pele de cordeiro, inimigo da democracia.
A tolerância, ao longo da história republicana foi sempre uma constância, no que diz respeito a prática de abusos, falta de decoro de gestores públicos. Com efeito, nos primórdios da nova capital, Brasília já havia tolerância, em demasia. Agora mesmo, em cena, apuração, questiona-se o recebimento indevido de auxílio moradia, justamente, pelos que ganham salários polpudos do povo. Imagine leitor, todos que recebem proventos especiais, no caso, no poder legislativo: Senadores, deputados federais e estaduais, vereadores das capitais, cidades populosas, acresce, a esses, o Judiciário, com poder de legislar, em causa própria, desse modo, votando seus próprios salários! Houvesse mina de ouro do Estado jorrando, em quantidade espantosa, ou seu equivalente, de todo jeito, esse poder de legislar em causa própria é indecente, fere a Ética, pecado capital, porquanto, gula esfaimada. Como na democracia, quem sustenta o Estado, e, por ilação, os gestores públicos é a sociedade contribuinte, cabe à ela, por direito, de forma legal, por meio do artigo 14 e subsequentes alíneas, analisar, propor, legitimar, ditos proventos.
Veja só, leitor eleitor, foi a mina idílica, no caso, a descoberta das jazidas de petróleo que levou o ex-presidente Lula a multiplicar, de forma astronômica, o processo corruptivo, porquanto já existia, fumegando, desde tempos idos, a descoberta cobriria imenso buraco negro, corrupção gigantesca, acelerando a bancarrota: insolvência, atoleiro econômico tamanho, que nem o Henrique Meireles que, no governo dele foi bom presidente do BC, está dando conta de melhorar, equilibrar as finanças nacional. A dívida pública vem aumentando incessantemente, atingindo agora, 74% do produto interno bruto. Não bastasse o debaque: insolvência, Petrolão, dívida pública, outros escândalos pipocam, país afora, como essa manchete de jornal: justiça põe 22 no banco dos réus por fraude no INSS, logo ele, INSS, já insolvente, responsável pelo desequilíbrio financeiro do Estado papão: despesa muito maior do que receita ou arrecadação. Malandragem, como a de um “juninho”, que de juninho acumula dose cavalar de picareta, encimada pelo desejo infindo de parasitar a sociedade laboriosa, tapeando a justiça. Esse anjo de cara lambuzada, aumenta, em milhares, milhão. Ela, justiça, que no tempo do boom Industrial, aos poucos, acabou com quase todo abuso do empregador contra o empregado, hoje faz o contrário, tornou-se, na era da transitoriedade, a protetora de malandros.
Com o perpassar do tempo, o mundo mudou, o empregado honesto, sério, cumpridor de seu dever, hoje, raramente precisa recorrer à ela, deixando, sobejo espaço, para o preguiçoso, malandro, viver, abusando da justiça, tornando parasita mordas dos trabalhadores, de fato. A propósito, essa peroração de Péricles, grande estratego Grego, em seu discurso, homenageando, os mortos da guerra do Peloponeso... “Vergonha não é ser pobre, vergonha é não lutar para sair da pobreza” vem ao encontro, no lugar do paternalismo usual pelo Estado, de forma corajosa, há que se valer daquele provérbio milenar, Chinês, no lugar de dar o peixe de mão beijada, ao faminto, constitui obrigação do Estado, ensiná-lo a pescar, financiando a ele, inclusive, a vara de pescar. Diariamente, um malandro sobe ao pódio, extorquindo, via justiça, trabalhista inquisitiva e totalitária, à luz do III milênio, o empregador, anverso do que acontecia no passado. A inquisição que era religiosa transladou para judiciosa, paradoxal, cambiando a verdade em mentira e a mentira em verdade, como fazia o governo militar, via desnaturado SNI, Sagrada Segurança do governo, de então. Enfim, o nosso sistema de governo chamado democracia só funcionará, de forma salutar, produzindo harmonia, bem-estar socioeconômico a nossa gente, se você aprender a manusear bem o voto. Quando bem manuseado, consciente sapiente, passa a ser sua arma, ferramenta, mais poderosa, genial, pois, como já dito, outras vezes, por meio dele, a cada eleição, de forma mais experiente, sábia, você, na condição de cidadão (ã) votante, passa a escolher melhor: contratar e dispensar, de forma pacífica, os governantes.
Salvo raras exceções, o ideal para a comunidade é arejar bem, substituindo o que termina o mandato, por outro diferente, quiçá, adversário do que está saindo do cargo, desde que tenha boas qualidades morais. Assim, procedendo, você turbinará, de forma um tanto sublime, seu voto, como dito, consciente sapiente. Voto esse engrandecido, pelo senso comum, neste caso, subsidiado pela corrente formadora de opinião, audaciosa, positivista. O que, iluminado pelo civismo mobilizará a sociedade eleitora, promovendo a derrocada da familiocracia, familiocracia enquistada, como aves de rapina, na república, ora, de unhas e dentes, buscando consolidar a cobiçada oligarquia, aspirando a consolidação plena no poder, resquícios do caudilhismo responsável, pela imagem garatuja do país, amontoado de sujeira.
A causa disso leitor, não há a negar, são as sucessivas eleições fraudulentas permitindo a concentração do poder nas mãos de poucos, poucos grupelhos perpetuando-se, como está a acontecer, nos cargos, ungidos pelo voto viciado, de cabresto, mercantilizado. Resta saber, até quando a sociedade eleitora continuará tolerante, com tantos representantes no congresso, omissos, de ouvido mouco, sem coragem, disposição, para romper com o comodismo reinante - boca fechada não entra mosquito - só estrilam, em defesa própria. Dito grupo, embora, aparentemente, honesto, nuca teve coragem, disposição, para mobilizar a própria Casa, e, ato continuo, a nação, contra tanta mordomia, corrupção.
(Josias Luiz Guimarães, veterinário pela UFMG, pós-graduado em filosofia política pela PUC-GO, produtor rural)