Muito bom dia!
Nesses 40 anos de jornalismo que completo em setembro vindouro – sempre tive altos e baixos na carreira.
Logo no início era um moto contínuo para emplacar uma coluna social – era moda na época - num bom jornal – ou melhor de respeitável circulação – pois comecei num pequeno semanário – e diga-se de passagem - na maior dificuldade.
Morava numa república de estudantes, no Centro, de Goiânia – com curto salário de um também principiante - funcionário público.
Era uma espécie de office boy.
Havia mal completado 18 anos – com a timidez e resguardo de 13 – já que vim do interior aos 16 incompletos – para fazer o antigo segundo grau e tentar vencer na vida, em Goiânia...
Aliás era esse exíguo ordenado de funcionário público que sempre custeou minhas despesas – pois raríssimas vezes – nesses 40 anos – fui remunerado pelos veículos que trabalhava.
Eu pouco importava.
Além de escrever parti para venda de anúncio avulso – na mesma página da coluna ganhando boa comissão – com o imprescindível apoio de amigos colunáveis que tinham empreendimentos anunciando de bom grado - numa boa camaradagem.
Queria mesmo era escrever e pronto.
Ter um canto num jornal onde pudesse usar como ponta de lança - para aproximar de pessoas importantes e influentes – digo cultas, bem nascidas e que tinham histórias para contar...
Não deu outra! Emplaquei praticamente do chofre meu objetivo.
Antes de assinar minha própria coluna – mais precisamente no dia 11 de Setembro de 1978 – era informante dos principais colunistas da cidade – plantando merecidas notícias de figuras tradicionais da Cidade de Goiás – que não tinham acesso à coluna social – mas mereciam todas as credenciais para figurar naquele quase inacessível - olimpo social...
Depois de dois anos sendo bem sucedido no meu propósito achei que estava no hora ter o próprio espaço.
É bom que se diga que antes de começar isso tudo. Lia diariamente todas as colunas sociais de Goiânia e igualmente a magistral coluna de Ibrahim Sued – em página dupla – na imbatível e extinta revista “Manchete”. Que era a glória na época.
Com essa assídua e vibrante leitura peguei logo o jeito da coisa.
Nesses anos todos passei por bons percalços profissionais.
Claro que todas profissões tem seus espinhos – mas parece que no colunismo social – a coisa pega mais forte. Talvez por ciúmes e insegurança não sei precisar.
Mas no fundo nunca dei bola – pois queria mesmo era escrever e externar meu pensamento.
Quando apareceu uma cintilante luz sinalizando uma nova era no jornalismo em Goiás.
Quando surgiu o sensacional espaço chamado “Opinião Pública” – que o incansável e generoso jornalista Batista Custódio teve a inédita e salutar ideia de lançar há alguns anos esse caderno diário salvador – onde qualquer cidadão – seja jornalista ou não - possa externar ali sua livre opinião.
Desde que saiba redigir não publique inverdades e nem ataques meramente pessoais – logicamente.
Depois que cansei de fazer coluna social – durante 30 anos –, achei que estava na hora de parar.
Passei em seguida a escrever sobre hotéis e viagens de luxo – em algumas revistas específicas - publicadas pela Contato Comunicação – do multimídia Iuri Rincon Godinho – principalmente na “Condomínios Horizontais” – que circula entre os moradores dos vários e luxuosos condomínios de Goiânia.
Pois amo viajar e ali era um prato cheio para cultivar esse reconfortante hábito.
A propósito - o sempre entusiasmado e jovem empreendendor – Iúri Rincon Godinho - amigo e colega de longa data – fizemos algumas matérias juntos no curso de jornalismo na UFG – sempre me apoiou.
Foi meu imberbe – kkk - editor na antiga e extinta “Oásis” – em 1984 – a primeira revista onde escrevi – quando tive muito sucesso. Bem maior, aliás, do que nos pequenos semanários em que atuava.
Pois – como se sabe – revista – naturalmente - tem efeito mais duradouro que o jornal.
Devo ao Iuri as muitas realizações profissionais que tive – pois sempre me franqueou as revistas do seu conhecido grupo de comunicação.
Voltando ao “Diário da Manhã”.
Nos braços acalentadores de Batista Custódio encontrei abrigo para me expressar de imediato através do seu festejado caderno - “Opinião Pública”.
Estou ali faz uns oito anos.
Não de maneira ininterrupta – por favor. kkk
Com o passar dos anos fiquei obeso e com síndrome da preguiça para escrever. kkk
Bato ponto ali – quando me dá na telha.
Ah(!) que bom ter essa liberdade. kkk
Tem época estou superprodutivo escrevendo quase toda dia.
Depois caio numa letargia de dar dó.
Ficando somente com a boa leitura que nunca abandonei em todos esses anos – já que sou um devorador de livros.
Agora no início desse novo ano – encontrei casualmente, no Centro Administrativo – o profícuo jornalista Helton Lenine – que milita alguns anos na editoria do DM – sendo um dos seus pilares.
Me deu uma forte sacudida me acordando e me cobrando para o novo tempo. kkk
Não tive dúvida.
Algumas horas depois já estava lá no jornal do setor Universitário cumprimentando o sempre bem resolvido - Bastista Custódio – que me acolheu com o mesmo carinho de sempre – e agora estou aqui – começando um novo ciclo profissional.
Aliás, um ciclo especial, diga-se de passagem, pois me aposentei do serviço público estadual em outubro último – depois de 41 anos ininterruptos na mesma Secretaria Especial do Meio Ambiente(Sema) fundada em 1976 pelo saudoso e icônico sertanista Leolildio(Leco) Di Ramos Caiado – no maravilhoso reinado do culto e muito elegante governador de Goiás – Irapuan Costa Júnior.
Hoje esse importante e gigantesco órgão chama-se Secima – que engloba cinco extintas secretarias - comandado pelo incansável e muito afável professor – Wilmar Rocha.
(Jota Mape, jornalista e relações públicas graduado pela Universidade Federal de Goiás, colecionador e atua informalmente na área de antiquariato e artes decorativas – jma[email protected])