Como é uma terra de ninguém e aceita tudo as redes sociais estão bombando infestadas de notícias fantasiosas, às vezes agressivamente mentirosas. O ministro Gilmar Mendes, por exemplo, que o diga. É até personagem de uma marchinha de Carnaval, ridicularizado por suas últimas decisões de tirar da cadeia gente acusada de corrupção. Decisões fundadas na lei, por menos que com elas concordemos. O ministro, no entanto, terá, como presidente do TSE, cargo que deixa no mês que vem, influência nas eleições deste ano, pois as regras da disputa foram definidas em sua gestão. Regras que, infelizmente não terão como mudar o Congresso Nacional cuja renovação não será a necessária. Mas voltando a internet, na eleição presidencial muita sujeira e muita mentira vai circular à vontade tornando a disputa uma guerra sem precedentes. Se serão capazes de influir no resultado veremos depois. Até porque, com os podres fartamente comprovados nas ruas, o povo faz questão de não tomar conhecimento. Do outro lado, eles dizem que não têm nada com isto, são todos uns "santos". Mas, apesar do bombardeio da internet, contra tudo e contra todos, pois os atiradores estão nos dois lados, a sucessão presidencial segue seu curso. Um nome que aflorou com força, representando o povo, mas que assim como surgiu, refluiu, está de vota ao processo de forma mais consistente. Uma possível candidatura do prefeito de São Paulo, João Doria Jr. volta a ser discutida dentro do PSDB que está concluindo que o governador Geraldo Alckmin não é mesmo um candidato com carisma para vencer uma eleição presidencial. A candidatura Doria vai ganhando força por ser um nome novo, combativo, com um bom discurso, inatacável sem "rabo preso". Poderá ser o candidato de centro. Enquanto isto, Lula é candidatíssimo e finge pouco se "lixar" com as acusações que lhe são feitas. Ainda é um candidato forte. As outras candidaturas, que poderão ser muitas, são apenas para compor o quadro. Pelo lado do governo tem que se considerar o nome do ministro Henrique Meirelles pois a economia está avançando e pode se viabilizar como foi Fernando Henrique. Quem viver verá.
(Paulo Cesar de Oliveira – diretor-geral da revista Viver Brasil e do jornal Tudo BH)