Completamos agora em fevereiro exatos dois anos à frente da Polícia Civil de Goiás. Foi um período forte e marcante, de dedicação máxima de toda nossa equipe. Conseguimos inúmeras conquistas para nossa instituição, em suas diversas áreas.
Na área de gestão e finanças organizamos a casa no quesito financeiro, equacionando dívidas, regularizando contratos, reforçando o controle interno e priorizando investimentos. Não temos mais problemas com material básico de cartório, almoxarifado e limpeza. Entregamos coletes balísticos em número suficiente para todos os nossos policiais masculinos e femininos, armamentos diferenciados para unidades especializadas, uniformes e outros bens e insumos.
Na seara dos transportes viabilizamos novos veículos, que em breve serão entregues, reformamos a oficina da instituição e firmamos contrato de manutenção da frota.
Em 2017 entregamos o primeiro Planejamento Estratégico da Polícia Civil, um marco em nossa história, construído de forma participativa por todos os nossos servidores, e que garante foco, metas e continuidade de ações. Houve também forte investimento nas seções de Engenharia e Tecnologia da Informação.
Outro ponto a se destacar foi a aprovação em lei do sonhado Fundo da Polícia Civil, que possibilitará obtenção de recursos específicos para a nossa instituição, favorecendo fortes investimentos nos próximos anos.
Adotamos, ainda, processos meritocráticos de seleção de policiais para trabalhar na administração, de forma que privilegiamos o conhecimento técnico específico em detrimento de indicações e apadrinhamentos. Por isso, tivemos um salto gigantesco na profissionalização da parte de gestão. Hoje trabalhamos com planejamento, tecnicismo e visão estratégica.
A saúde e bem estar do servidor mereceu de nossa parte atenção especial. Ampliamos todo o efetivo da Coordenação de Proteção à Saúde do Servidor, agregando profissionais de diversos setores: psicologia, assistência social, fisioterapia, educação física, nutrição e enfermagem. Estamos deixando dinheiro em caixa para a completa reforma da estrutura predial e aquisição de equipamentos da Coordenação, pois temos certeza de que, neste caso, não estamos tratando de despesas, mas sim de investimentos.
Outro projeto que elaboramos e começamos a implementar foi o de regulamentação da identidade visual da Polícia Civil, trazendo por norma todas as regras e diretrizes para a valorização e padronização de nossas marcas e símbolos.
Na parte operacional também desenvolvemos ações de destaque. Obtivemos recordes de produtividade e eficiência. Nossos índices de resolutividade alcançaram marcas expressivas nunca antes vista e sendo destaque até mesmo em nível nacional.
Nossos policiais, nas diversas Delegacias de Polícia onde atuam, desencadearam uma sequência histórica de operações: somente em 2017 foram mais de 4 mil. Várias delas relacionadas a crimes graves e casos de repercussão. Frise-se que a propósito de elucidação destes delitos de grande repercussão, não deixamos um caso sequer sem resposta. Nas mídias sociais, televisiva e escrita nossos policiais se destacaram através da apresentação de inúmeros casos resolvidos.
O serviço de inteligência da Polícia Civil também cresceu muito, através de aquisição de novas soluções tecnológicas, capacitação e atuação mais próxima das Delegacias de Polícia.
No que se refere às questões motivacionais e institucionais, registramos o forte trabalho de visitas nas Delegacias e premiação de unidades destaque. Também estivemos juntos das entidades classistas na luta pela garantia dos direitos dos policiais e busca por maior valorização. Procuramos ainda incentivar a integração interna, reaproximando policiais novos e antigos, Delegados, Agentes e Escrivães.
Além dos destaques ora mencionados desenvolvemos outras inúmeras ações à frente da Polícia Civil, como, por exemplo, o projeto “Cidade da Polícia”, que deve concentrar unidades em um mesmo espaço, amplo e de fácil acesso, de modo a tornar o serviço policial e o atendimento ao público cada vez mais eficientes. Por óbvio, tudo isso não foi fruto de uma só pessoa, mas sim do compromisso e dedicação de todos os nossos policiais, quer sejam da administração, quer sejam das unidades operacionais.
Há 37 anos, quando ingressei na Polícia Civil de Goiás no cargo de Agente de Polícia não imaginava que poderia chegar ao cargo de Delegado-Geral, posto máximo da instituição. Ter exercido tal missão me deixa orgulhoso, todavia não mais que o período dedicado às funções de agente de polícia e Delegado de Polícia, pois em todas elas procurei me dedicar ao máximo em prol de tão nobre desiderato: garantir uma segurança pública de qualidade para nossa população.
Como sempre digo, a Polícia Civil dever ser una e indivisível, devendo todos os seus servidores serem respeitados e valorizados, de igual maneira. Aliás, em mesmo sentido, nosso hino, com belíssima letra e melodia de autoria do Agente de Polícia José Calixtrato, brada em seu primeiro verso: nós somos a polícia civil de Goiás e dessa nação!
(Álvaro Cássio dos Santos, delegado de Polícia)