Neste mundo de meu Deus acontece cada coisa deveras insólita. Pasmem os leitores, pois, até eu, que sou muito pudibundo, repilo veementemente aquilo que considero acintoso à moral e aos bons costumes. Foi inaugurado, em 2004, na Islândia (Europa), um museu falológico, ou seja, um museu, exclusivamente, dedicado à exposição dos mais diversos tipos de pênis de mamíferos naturais daquele país. O historiador Sigurdur Hjartarson, na época, diretor da casa, reuniu um acervo assaz interessante: um pênis de, aproximadamente, dois milímetros que pertenceu a um ramster (tipo de roedor) e um pênis com dois metros de comprimento que foi de uma baleia-macho, é lógico. A mostra reúne 143 pênis de 41 mamíferos daquele país. E por falar em pênis, o Diário da Manhã, edição de 2005, publicou que um cidadão da República Dominicana ficou com seu pênis ereto seis dias. O jovem, que estava internado no Hospital de Santiago, poderia ficar impotente se não fosse logo atendido, pois fora acometido de “anemia falciforme”, doença muito comum na África, que pode causar a ereção prolongada do pênis. O priapesco alegou que não havia ingerido estimulantes sexuais, e contou que só comeu batatas e queijo. O engraçado é que dois australianos apresentaram em 2004, em Nova York o “Teatro dos fantoches do pênis”. Nada de bonecos e fios, uma vez que os “astros principais” eram mesmo os órgãos sexuais dos protagonistas. No palco, eles os ‘bilaus’, não os atores, apareceram fantasiados de Torre Eiffel, hambúrgueres, lesmas e até de bomba atômica Gente que viu, achou o espetáculo criativo! Tempos modernos. Lembro-me que um cidadão foi ao urologista (médico que trata das vias urinárias) aqui mesmo em Goiânia. Encontra o médico saindo do ambulatório, e para não perder a viagem, ali, à porta da clínica, contou o seu problema. – Doutor, me apareceu um caroço na parte debaixo do meu pênis, bem vermelho, meio molezinho e cheio de bolinhas em cima, parecendo uma amora. O médico, com pressa de ir embora, após uma faina diária e laboriosa, receitou um antiinflamatório ali mesmo, e mandou o paciente voltar no dia seguinte. Não se dando por satisfeito, ele voltou à carga: – Doutor, eu tenho um outro caroço, do outro lado do pênis, só que não é tão mole e é um pouco maior cheio de furinhos, parece até um morango. O que é que eu faço, doutor? Sem muita vontade de atender, o médico receita mais um analgésico e disse que precisava ir embora, uma vez que tinha uma visita urgente para fazer. O homem fez, então, mais uma queixa: – Isso não é tudo, doutor; tenho um outro caroço, o maior de todos, bem atrás do saco; é duro meio amarelado e tem uns pelinhos em cima, parecendo um pêssego. O médico, já bastante chateado e apressado exclamou: - Mas isso está me parecendo um caso raro de Peru à Califórnia!
(Luiz Augusto Paranhos Sampaio, membro da Academia Goiana de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, da Academia Catalana de Letras e da União Brasileira de Escritores. E-mail: luizaugustosam[email protected])