Ontem o mundo das ciências perdeu um dos maiores nomes, Stephen Hawking. Hawking se tornou um dos cientistas mais conhecidos do mundo ao abordar temas como a natureza da gravidade e a origem do universo. Também foi um exemplo de determinação por resistir muitos anos à esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa. E sobre isso que vamos falar. Essa doença afeta neurônios motores, que são as células nervosas responsáveis por todos os movimentos do corpo. Com passar do tempo os pacientes perdem a capacidade de se mover, de falar, de engolir e até de respirar. Como médico posso afirmar com toda certeza que Stephen Hawking é um simbolo da superação. Mesmo com todas as dificuldades ocasionadas pelo avanço degenerativo, Hawking foi capaz de avançar nos seus estudos e ganhar um respeito mundial.
Meritocracia? Também. Mas não menos importante é o fato que o Estado não atrapalhou suas pesquisas e estudos. No Brasil, o Estado aumenta ainda mais as dificuldades dos indivíduos. A pessoa já nasce mal, pobre e nós ainda o obrigamos a frequentar escolas de péssimas qualidades mesmo tendo uma das maiores cargas tributarias do mundo.
Talvez se tivesse nascido aqui, muito provavelmente, Stephen Hawnkin já teria dificuldades para arcar com os custos da sua cadeira e remédios devido os impostos abusivos. Talvez se tivesse nascido aqui, muito provavelmente, nunca teria iniciado suas pesquisas devido as burocracias exageradas presentes nas universidades. Talvez se tivesse nascido aqui, muito provavelmente, Stephen Hawnkin nunca teria virado “O Stephen Hawnkin”.
(Alano Queiroz, médico ortopedista)