Se eu fosse uma vidente/astróloga/médium já seria famoso no Brasil pelas minhas profecias, como aquela que fiz há dois meses : Lula será solto pelo Judiciário brasileiro. Mas, como faço as profecias com base na “ciência” ( politicologia, sociologia, psicologia, história, psiquiatria, filosofia, etc) isso, no Brasil, não é levado em conta. Mas isso tem um lado bom : ainda bem que, como todos cientistas humanos/sociais , eu não sou escutado no Brasil. A Europa é o fracasso que é por valorizar muito as ciências sociais/humanas/filosóficas. Marxismo, fascismo , nazismo, social-democratismo, todos estes “atrasos de vida” foram engendrados por mentes científicas que, como disse Marx, não queriam mais apenas estudar o mundo, mas sim transformá-lo. O intelectual quer aplicar a dureza de seu intelecto sobre o mundo, cria modelos e quer vê-los aplicados, assim como um arquiteto quer tirar a planta do papel. O intelectual julga que seus projetos são profundos e “morais” porque envolvem “igualdade” e Jesus, o baluarte do moralismo, seria um igualitário : “somos todos irmãos perante o mesmo pai” ( no próximo artigo estudaremos esse “erro cristão, origem do comunismo”). O historiador Archie Brown, em seu “Ascensão e Queda do Comunismo”, relata esta filiação cristã do comunismo. O problema da abordagem do intelectual é que ele não leva em conta o “mundo da política” nem o “mundo dos negócios” ; ele nunca montou uma banquinha de laranja para saber como é viver aqui fora, “no mundo real”, o mundo dos impostos, mundo do Governo, da concorrência. O intelectual também não tem de fazer composições políticas, compor interesses discrepantes , seu mundo é linear, rígido, cartesiano : “é o que é”, “a ciência é retilínea e de clareza meridiana”. Em ciência política comete-se erros a partir de pressupostos errados, de base religiosa : “todos são iguais” ( vide, p.ex., o livro, “Marx, filosofia e mito”, ou então “Grandes Problemas da Ciência Política”, ambos pela Ed. Zahar ). A intelectualidade cartesiana não tem profundidade psicológica suficiente para ver que igualdade é uma quimera lógica, uma fórmula vazia, e nela está a base de muitos erros posteriores, insolúveis ( “os grandes problemas da ciência política”). No próximo artigo iremos começar a abordagem ao problema científico da “igualdade”, a iniciar com um estudo “teológico” das declarações de Cristo sobre a “igualdade”, erroneamente interpretadas e assimiladas pela ciência política.
(Marcelo Caixeta (psychological.medici[email protected]))