Ele está presente nos bancos, postos, hospitais, escritórios, clubes, sindicatos e quase todos os pontos de nossa civilização. Sempre ligado no volume máximo como símbolo de luxo, conforto, ar abundante, refresco da vida moderna. Mas eu não aprovo essa engenhoca moderna, depois de passar por crises de bronquite e outros ites. Em todos os setores o ar condicionado tem seu espaço, e ele fica ligado mesmo quando está fazendo tempo frio. Em tese não gosto de ar condicionado e prefiro deixar a janela aberta. Os problemas respiratórios causados por ele são intensos e o considero desprezível.
Assim como o forno micro-ondas, o celular, a escada rolante, o cartão de crédito, o ar condicionado faz parte de nossa vida moderna. Para o bem ou para o mal, provocando doenças extremas. Claro que depende do organismo de cada pessoa, mas eu me considero um antiquado que não gosta do ar condicionado. Talvez um dia eu me acostume, assim como a máquina de escrever foi substituída pelo computador no caminho do progresso. Creio haver um exagero no uso deste aparelho eletrônico, caseiro, rotineiro. Confesso que tenho alergia de tempo frio. Em todos os casos navega o desejo de refrescar, ventilar, tornar o ambiente mais confortável. Uma questão até de status ter o ar ligado no 12, conforme se verifica nos escritórios e fábricas. Se pudesse escolher deixaria de usar o ar condicionado, pois ele agrega mais desvantagens que vantagens. A civilização está acostumada a ligar o aparelho em qualquer situação, mesmo não considerando quem esteja na sala.
Geração do carro elétrico, do crédito automático, do código de barras, e de tantas outras maravilhas de um mundo que não para de crescer. Mas o ar condicionado pra mim é vilão e tenho de usar um cobertor para aguentar seus ventos que me causa calafrios. De repente vem a tosse e outros sintomas de resfriado. Viver sem o ar condicionado é possível, economizando energia elétrica e saúde. Cada um dá a sua versão e no meu caso prefiro um ventilador. Ainda tem a questão do filtro, que é esquecido de ser limpo com precisão.
Em tese, o ar condicionado é um mal da civilização e não sou nenhum médico pneumologista. Tudo na vida tem seus lados positivos e negativos, e creio que o ar condicionado não representa nenhuma revolução. Posso até ser considerado um homem das cavernas, mas defendo o meu ponto de vista. Vou terminar esse texto porque o ar condicionado do escritório está me incomodando. Será que só eu penso assim?
(José Carlos Vieira, o Lela, escritor, jornalista, fotógrafo da Secretaria de Esportes de Rio Verde, E-mail lelabalela1@hotmail.com)