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OPINIÃO

Carlos Hassel Mendes da Silva: um nome a respeitar

Sin­to-me li­son­je­a­do pe­lo pri­vi­lé­gio de es­cre­ver aqui nes­se es­pa­ço de­mo­crá­ti­co do DM al­gu­mas li­nhas so­bre a ex­cel­sa fi­gu­ra de Car­los Has­sel Men­des da Sil­va. Ti­ve a gra­ça de con­vi­ver com ele, na As­sem­bleia Le­gis­la­ti­va de Go­i­ás (Ale­go), no pe­rí­o­do da 12ª Le­gis­la­tu­ra, de 1991 a 1994, quan­do re­a­li­zou um tra­ba­lho tão pro­fí­cuo que, em se­gui­da, foi cre­den­ci­a­do pe­lo elei­tor go­i­a­no pa­ra exer­cer man­da­to de de­pu­ta­do fe­de­ral, sem­pre pe­la si­gla do Par­ti­do do Mo­vi­men­to De­mo­crá­ti­co Bra­si­lei­ro (PMDB), que, ho­je, vol­tou a ser MDB.

Na­tu­ral de Ce­res, Car­los Men­des é fi­lho de Do­min­gos Men­des da Sil­va, mé­di­co que exer­ceu man­da­tos de pre­fei­to de Ce­res e de­pu­ta­do es­ta­du­al) e Eud­méa Has­sel Men­des da Sil­va. Cas­ou-se com Ce­li­na Fer­rei­ra Has­sel Men­des, com quem te­ve três fi­lhos: Ti­a­go, Jo­ab e Da­ni­el. Gra­duou-se em Me­di­ci­na pe­la Uni­ver­si­da­de de Bra­sí­lia (UnB), em 1975, es­pe­cia­li­zan­do-se em Gi­ne­co­lo­gia e Ob­ste­trí­cia no Hos­pi­tal de Ba­se de Bra­sí­lia. Con­clu­iu di­ver­sos cur­sos te­má­ti­cos e de atu­a­li­za­ção re­la­ci­o­na­dos à sua for­ma­ção, in­clu­si­ve em ní­vel in­ter­na­ci­o­nal, ao exem­plo do mes­tra­do em Ci­ên­cias da Edu­ca­ção Su­pe­ri­or pe­la Uni­ver­si­da­de de Ha­va­na, em 2002, com tí­tu­lo re­co­nhe­ci­do em 2007 pe­la Pon­ti­fí­cia Uni­ver­si­da­de Ca­tó­li­ca de Go­i­ás (PUC Go­i­ás).

Pos­sui um cur­rí­cu­lo tão ri­co que se­ri­am ne­ces­sá­rias pá­gi­nas des­te con­cei­tu­a­do jor­nal pa­ra tran­scre­vê-lo, por is­so va­mos nos ater a ape­nas par­te de­le. Em 1977, as­su­miu car­gos de gi­ne­co­lo­gis­ta-ob­ste­tra e di­re­tor clí­ni­co do Hos­pi­tal das Clí­ni­cas Cen­tro Go­i­a­no de Ce­res e de di­re­tor clí­ni­co do Hos­pi­tal Me­mo­ri­al Ba­tis­ta do Cen­te­ná­rio de Go­i­â­nia, ho­je uma das ins­ti­tu­i­ções mé­di­cas mais res­pei­ta­das do Es­ta­do. Tor­nou-se ain­da pre­si­den­te da Ju­ven­tu­de Uni­ver­si­tá­ria do Es­ta­do de Go­i­ás. Em 78, vol­tou a le­cio­nar na Es­co­la Téc­ni­ca de En­fer­ma­gem de Ce­res, on­de tor­nou-se pro­fes­sor em 74.

Ini­ciou sua ati­vi­da­de po­lí­ti­co-par­ti­dá­ria em 1981 ao fi­li­ar-se no PMDB, tor­nan­do-se mem­bro do Di­re­tó­rio Re­gi­o­nal da agre­mia­ção em Go­i­ás. Em no­vem­bro de 1982 foi elei­to pre­fei­to de Ce­res, exer­cen­do o man­da­to até de­zem­bro de 1988. Foi pre­si­den­te da As­so­cia­ção Sam­pa­tri­ci­en­se de Mu­ni­cí­pios (84/85) e da As­so­cia­ção Edu­ca­ti­va de Aná­po­lis (86), à fren­te da qual per­ma­ne­ce­ria até 89, ano em que as­su­miu a pre­si­dên­cia do di­re­tó­rio mu­ni­ci­pal do PMDB de Ce­res. No bi­ê­nio 86/88 exer­ceu a pre­si­dên­cia da Co­mis­são Ins­ti­tu­ci­o­nal Mu­ni­ci­pal de Sa­ú­de de Go­i­ás.

No ano em que foi elei­to de­pu­ta­do es­ta­du­al, Car­los Men­des dei­xou de le­cio­nar na Es­co­la Téc­ni­ca de En­fer­ma­gem e tor­nou-se pre­si­den­te da Con­ven­ção Ba­tis­ta Go­i­a­na. Em seus dois pri­mei­ros anos de tra­ba­lho na Ale­go (1991-1992), foi quar­to-se­cre­tá­rio da Me­sa Di­re­to­ra da Ca­sa de Leis; in­te­grou a Co­mis­são de Sa­ú­de, Pro­mo­ção So­ci­al e Meio Am­bi­en­te, co­mo pre­si­den­te, e foi mem­bro da Co­mis­são de Edu­ca­ção. Afas­tou-se da pre­si­dên­cia da Con­ven­ção Ba­tis­ta Go­i­a­na em 1991 e a se­guir to­mou pos­se co­mo vi­ce-pre­si­den­te da As­so­cia­ção Edu­ca­ti­va Evan­gé­li­ca de Aná­po­lis (GO), que aban­do­nou pa­ra as­su­mir o pos­to de se­cre­tá­rio-ge­ral, em 1993.

Em ou­tu­bro de 1994 con­cor­reu a uma ca­dei­ra de de­pu­ta­do fe­de­ral, por Go­i­ás, na Câ­ma­ra dos De­pu­ta­dos, na le­gen­da do PMDB. Elei­to se­gun­do su­plen­te de de­pu­ta­do fe­de­ral, exer­ceu o man­da­to de 20 a 26 de abril de 1995, na va­ga de Jo­si­as Gon­za­ga que saí­ra pa­ra ocu­par uma se­cre­ta­ria no go­ver­no de Ma­gui­to Vi­le­la (1995-1998). Li­cen­ciou-se pa­ra exer­cer o car­go de se­cre­tá­rio de Sa­ú­de de Go­i­ás, ten­do Na­ir Xa­vi­er Lo­bo ocu­pa­do a sua va­ga. Em no­vem­bro de 97, dei­xou a Pas­ta, re­as­su­min­do o man­da­to de de­pu­ta­do fe­de­ral. Nas vo­ta­ções cons­ti­tu­ci­o­nais, de­ba­teu e apro­vou leis que de­fi­ni­ram a re­for­ma da pre­vi­dên­cia. Dei­xou a Câ­ma­ra em 99, sem ter con­cor­ri­do à re­e­lei­ção em ou­tu­bro do ano an­te­ri­or.

Car­los Men­des tor­nou-se de­le­ga­do do di­re­tó­rio mu­ni­ci­pal do PMDB de Ce­res, em 1995, ten­do-se afas­ta­do da se­cre­ta­ria ge­ral da As­so­cia­ção Edu­ca­ti­va Evan­gé­li­ca de Aná­po­lis. Ao lon­go des­te ano acu­mu­lou con­si­de­rá­vel quan­ti­da­de de car­gos: mem­bro do Con­se­lho De­li­be­ra­ti­vo da As­so­cia­ção dos Hos­pi­tais do Es­ta­do de Go­i­ás; mem­bro do Con­se­lho Na­ci­o­nal dos Se­cre­tá­rios de Sa­ú­de (Co­nass); mem­bro do con­se­lho do Fun­do Cen­tro-Oes­te (FCO); pre­si­den­te do Con­se­lho Es­ta­du­al de Sa­ú­de; pre­si­den­te do Con­se­lho De­li­be­ra­ti­vo dos Ór­gã­os Ju­ris­di­cio­na­dos da Se­cre­ta­ria de Sa­ú­de do Es­ta­do de Go­i­ás: Sa­ne­a­men­to de Go­i­ás S.A. (Sa­ne­a­go), In­dús­tria Quí­mi­ca do Es­ta­do de Go­i­ás (Ique­go) e Fun­da­ção Es­ta­du­al do Meio Am­bi­en­te do Es­ta­do de Go­i­ás (Fe­ma­go); pre­si­den­te do Con­se­lho Es­ta­du­al do Meio Am­bi­en­te (Ce­mam); mem­bro do Con­se­lho Na­ci­o­nal do Meio Am­bi­en­te (Co­na­ma) e pre­si­den­te da Co­mis­são de In­ter­ges­to­res Bi­par­ti­tes do Es­ta­do de Go­i­ás.

Di­re­tor ge­ral da Evan­gé­li­ca – Fa­cul­da­des In­te­gra­das en­tre 1999 e 2001, em abril de 2002, Men­des foi no­me­a­do se­cre­tá­rio mu­ni­ci­pal de In­te­gra­ção e De­sen­vol­vi­men­to So­ci­al de Aná­po­lis. Em 2004, as­su­miu a rei­to­ria da Uni­E­van­gé­li­ca, um tra­di­cio­nal e res­pei­ta­do cen­tro uni­ver­si­tá­rio de Aná­po­lis, fun­da­do em 1947, on­de per­ma­ne­ce re­a­li­zan­do ges­tão exem­plar. Em 2009, foi elei­to pre­si­den­te da As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Ins­ti­tu­i­ções Edu­ca­cio­nais Evan­gé­li­cas (Abi­ee), se­di­a­da em Bra­sí­lia, pa­ra o bi­ê­nio 2009-2011. Por tu­do is­so e mui­tas ou­tras coi­sas que dei­xa­mos de re­gis­trar aqui, Car­los Has­sel Men­des da Sil­va é um no­me a res­pei­tar.

(Jo­ão Nas­ci­men­to, jor­na­lis­ta)

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