Os fundos imobiliários são um tipo de investimento financeiro em que pessoas físicas ou jurídicas aplicam dinheiro em empreendimentos imobiliários para os mais variados fins, comercial, moradia, locação, lazer. O montante financeiro que compõe o fundo é administrado por um gestor especializado, que é quem decide a compra, venda e locação dos imóveis do fundo. Aqui no Brasil, esse tipo de aplicação está bastante atrelado a empreendimentos voltados para locação e shoppings.
O retorno para o investidor pode ser feito de duas formas: pagamento da rentabilidade dos fundos ou venda das cotas. Quanto mais os imóveis adquiridos se valorizam e/ou ficam locados, mais os participantes desses fundos ganham.
Prestes a completar 25 anos de existência, o mercado brasileiro de fundos imobiliários é ainda embrionário, não só pelo pouco tempo de existência - nos Estados Unidos eles existem há 58 anos - mas também por seu potencial de desenvolvimento, que aqui ainda não é explorado. E digo isso mesmo diante do crescente interesse por esses ativos nos últimos quatro anos. O IFIX, Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários, registrou o maior valor histórico em fevereiro deste ano, segundo levantamento da consultoria Economatica, que levou em consideração a evolução da aplicação desde 2010. O valor de mercado chegou a R$ 35 bilhões.
Para este ano, o cenário para esse ativo segue promissor. A desvinculação entre crise política e economia tem impactado positivamente sobre o preço e a vacância dos imóveis, o que deve levar os fundos imobiliários ao quarto ano seguido de valorização. A aplicação entra na mira dos investidores também em razão do atual cenário de juros em patamares mínimos históricos. Portanto, é uma boa alternativa para quem quer aproveitar a melhora no setor imobiliário e diversificar investimentos.
Os fundos imobiliários estão se tornando cada vez mais competitivos no Brasil, especialmente agora com a Selic ao patamar histórico de 6,5%. Em 2017, segundo a Bolsa de Valores oficial do País, eles cresceram 39%. A expectativa é que os fundos mais bem administrados superem com folga a Selic em 2018.
Com investimentos que podem partir de R$ 100, os fundos imobiliários são menos arriscados que as ações e não são taxados pelo IR. Ou seja, é uma boa alternativa para investidores conservadores, moderados e arrojados.
(Rodrigo Meirelles é especialista em investimentos imobiliários)