Maior potência hídrica do Planeta Terra, o Brasil enfrenta, em 2018, grave crise hídrica. A seca e a redução do volume de água nos reservatórios constituem indicadores. Do mal-estar da contemporaneidade. As mudanças climáticas possuem múltiplos motivos. A degradação da natureza, por exemplo. Como a destruição dos mananciais. A destruição das matas ciliares. A ocupação irregular o solo. A captação indevida por propriedades rurais e urbanas. A constru-ção contraproducente e em lugares errados de poços artesianos. O Estado comete erros na aplicação, execução de políticas públicas e no planejamento do manejo dos recursos hídricos.
Al Gore [EUA] já apontava o risco da emissão de gases efeito estufa. Como resultado para as mudanças climáticas. Os períodos de escassez se prolongaram. O volume de precipitação pluviométrica, de queda de chuvas, despencou. Nos últimos tempos. Um mau sinal. Os reservatórios mantiveram baixas históricas. O alerta de grave crise hídrica já ameaça 67 municípios do Estado de Goiás. Não apenas para as residências de moradores. A economia do País corre sério risco. Os setores Primário [Agricultura, pecuária, agronegócio], secundário [Indústria] e Terciário [Serviços em geral] devem ser afetados. Já no exercício do ano de 2018.
Não custa lembrar. Sem água, não há produção alimentar. Plantas morrerão. Animais irão desaparecer. A energia elétrica será escassa. O PIB, Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no País, despencará. A economia entregará em novo ciclo de crise. Com elevação do desemprego. Crescimento do mercado informal. Elevação da miséria extrema. Da população em situação de vulnerabilidade social. A água potável é indispensável para a sobrevivência humana. Escasso, a água é concentrada em determinadas regiões. Pesquisa do World Resources Institute [WRI] diz que mais de 30 países terão crises hídricas. De alto risco.
O Planeta Terra exige a adoção de políticas públicas de desenvolvimento sustentável. A substituição dos combustíveis fósseis por fontes de energias renováveis. A aposentadoria do carro à combustão. A devastação continuada das áreas verdes. A preservação da Amazônia. A água potável, segura e o saneamento básico, 100% eficiente e de excelência, são estratégicos para a redução da pobreza, o crescimento da economia dos países, a garantia da qualidade de vida no Tempo Presente e às gerações futuras. A água é, sim, um direito humano. Inalienável. Cabe ao Estado garantir a sua efetividade. Não apenas no texto da lei. Não aceito o contrário.
(Jacqueline Cunha, graduada em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, PUC-GO. Com mestrado em Ciências da Educação. Doutorado, realizado, em Portugal, Velho Mundo, em Educação. Consultora da Organização das Nações Unidas, a ONU, para a Educação, no devastado Tiimor Leste. País do sudeste da Ásia, de língua portuguesa, que enfrentou sucessivas guerras. Como contra o invasor Japão, Portugal Colonial e a Indonésia sanguinária. Escritora, colaboradora do jornal Diário da Manhã, de Goiânia, Estado de Goiás)