Com a atual situação econômica enfrentada pelo Brasil, os altos níveis de desemprego, quem busca a primeira vaga de trabalho está sofrendo, principalmente os jovens de baixa renda que, muitas vezes, não tiveram acesso a um ensino de qualidade e também, em alguns casos, não têm renda suficiente para investir em cursos.
Investir na capacitação e profissionalização dos jovens e adolescentes para o mercado de trabalho gera tanto resultados imediatos como benefícios futuros para toda a sociedade. O mercado passa a ter mais mão-de-obra qualificada, o jovem tem oportunidade maior de conquistar uma vaga e se torna menos vulnerável a ser uma possível presa de aliciadores para o crime.
É dever do poder público investir na qualificação e profissionalização de jovens e adolescentes para que eles tenham condições de encontrar uma colocação no mercado de trabalho, durante ou após concluir os estudos.
Na era digital, o mercado de trabalho exige que as pessoas saibam trabalhar com as ferramentas da internet, que saibam inglês, que estejam atualizadas. Além do mercado voltado para o digital, que é cada vez mais promissor, outras áreas costumam ter boas demandas como a da beleza, da construção, alimentação, vigilância, administração, saúde.
Se o jovem não tem acesso na rede pública de ensino a um aprendizado básico da língua inglesa, o Estado deve oferecer essa oportunidade por meio de um curso de qualificação profissional e outras tantas modalidades de cursos que movimentam o mercado hoje.
O benefício da oferta desses cursos é tanto individual quanto coletivo, pois é positivo para quem terá a oportunidade de se qualificar, é benéfico para as empresas que passam a ter mais oferta de mão-de-obra especializada, maximiza a possibilidade de geração de rendas para os jovens, traz praticidade para o mercado.
Criar parcerias com empresas também é uma estratégia para que os jovens que concluírem os cursos sejam indicados para processos de seleção e testes. Garantir uma ajuda de custo, sendo de 20% do salario mínimo, lanche e vale transporte são medidas necessárias para que o jovem de baixa renda consiga se manter no curso.
Durante o curso, além de todo o aprendizado necessário para cada área, deve haver uma promoção das boas práticas como controle de finanças, disciplina, trabalho em grupo. O jovem conquistando trabalho também vai gerar renda para sua família. Ele terá a possibilidade de se tornar independente e até de ajudar com pagamentos das despesas. Investir em qualificação profissional é ajudar a construir uma carreira.
(João Pedro Barros Oliveira, 50 anos Contador, empresário, político Graduado em Ciências Contábeis, Especialista em Leis Trabalhistas, Previdenciárias e Constituição Federal e em Controladora, Finanças e Gestão de Riscos)