Em plena semana da pátria, mais um pouco da memória nacional caduca no Brasil. Na madrugada para amanhecer esta última segunda-feira no Museu Nacional, as chamas iluminaram a noite e apagaram várias páginas não só de uma nação, mas também das histórias natural e da humanidade que não foram devidamente cuidadas por nossos governantes.
O Museu Nacional na cidade do Rio de Janeiro foi palco de importantes acontecimentos que impactaram na vida dos brasileiros desde idos do Império do Brasil. Há tempos esta instituição sofria com o abandono e requeria verbas públicas para a sua restauração.
Enquanto isso, a classe política dilapida o tesouro público arrecadado às custas do suor de tanta gente que labuta por esse país e peleja pra sobreviver sem o merecido apoio daqueles que se comprometeram a cuidar de seu povo.
Estamos novamente passando por um período eleitoral. Em alguns dias muitos de nós irão às urnas para votar em figuras políticas que, tão logo estejam eleitas, não mais nos procurarão até a próxima campanha financiada pelo pão que falta na mesa de tantos brasileiros e brasileiras esquecidos pelos pseudo líderes de nosso país.
Estejamos certos que nenhum "salvador da pátria" nascerá das urnas. A realidade de nosso país só melhorará com o exercício diário da cidadania por parte de cada um de nós. O dia das eleições não mudará o país, senão, quando muito, será uma oportunidade para elegermos candidatos minimamente coerentes em suas vidas com aquilo que falam e que, principalmente, tenham um passado respeitável, pois, assim como um povo que precisa conhecer seu passado para construir seu futuro, não teremos bons líderes carentes de uma boa e transparente vida pregressa.
(Samuel Thomaz Escritor, Engenheiro civil e Voluntário da ASSOPROH (Associação de Promoção Humana))